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Opinião

Como os asiáticos dominaram o e-commerce brasileiro

Em princípio com soluções genéricas, players desse segmento vão aprendendo como se inserir na cultura local


25 de agosto de 2022 - 6h00

E-commerces asiáticos dominam o mercado brasileiro

(Créditos: Shutterstock)

O e-commerce ganhou um impulso durante a pandemia. As maiores empresas da área estão cada vez mais conquistando usuários. O fato é que o conforto de escolher entre muitas opções de produtos, comprar de casa, poder acompanhar o status da entrega e receber o produto facilmente atraíram pessoas e mudaram o hábito de consumo para sempre. O e-commerce brasileiro cresceu 27% em 2021, totalizando 182,7 bilhões em vendas e 87,7 milhões de consumidores online. Em uma população de 212,6 milhões de pessoas, isso representa 41,25% das pessoas comprando via internet diariamente.

Desta população, 68% realizaram compras em sites estrangeiros em 2021, o que reflete também o comportamento do brasileiro de apostar em novas opções de fora do mercado local. E não só o e-commerce em si, mas especialmente o mobile commerce, ou m-commerce, tem conquistado os brasileiros. Nunca foi tão fácil comprar como é agora, com um celular na mão e a poucos toques do produto que deseja.

Somente em junho de 2022, 74% dos acessos a e-commerces foram feitos a partir de celulares, sendo o Shopee um dos líderes do ranking dos mais acessados. E a que se deve esse sucesso da Shopee entre os brasileiros? Claro que o que escrevi acima, sobre praticidade ou mesmo tendência de compra internacional devido a um bom custo-benefício são pontos inquestionáveis. Mas existem outros fatores que influenciam, e muito, nessa conta.

As funcionalidades que o usuário brasileiro busca

Estas empresas, ao chegarem no Brasil, adotam uma postura cross-border. Primeiro, procuram compreender como funciona o mercado, oferecendo soluções genéricas para ele e, aos poucos, se inserindo na cultura local. Isso significa que algumas soluções destas plataformas serão as mesmas independentemente do mercado em que atuem, mas que são funcionalidades que podem operar muito bem em diversos mercados. No Brasil, os usuários estão prontos para interagir com jogos de celular.

Os chamados jogos casuais atraem o público brasileiro como nenhum outro na América Latina. Uma pesquisa recente da AppsFlyer mostra que o Custo por Instalação deste tipo de jogo no Brasil subiu 30% no 4º trimestre de 2021 se comparado ao 1º trimestre. O que significa que os usuários do país desejam jogar games simples e que são aparentemente fáceis de ganhar. Ferramenta essa explorada com vigor pelos aplicativos chineses de comércio eletrônico, que vinculam estes jogos a prêmios, recompensas e códigos promocionais para engajar o usuário na compra.

Além destas ferramentas que os apps chineses trazem de sua cultura e que fazem indiscutível sucesso, é importante que um aplicativo que esteja procurando expandir sua presença no mercado de e-commerce brasileiro preste atenção em alguns pontos que podem otimizar sua utilização pelo usuário: registro de conta simples e rápido de fazer, personalização de opções de compra para o cliente de acordo com buscas anteriores, check-out rápido e que evite o abandono de carrinho, com opções de pagamento utilizadas pelo mercado local, como o Pix no Brasil, por exemplo.

Estas empresas precisam também focar em mostrar ao público local seu excelente custo-benefício aliado à existência de parceiros regionais. Algo que, cada vez mais, é tendência para grandes multinacionais. Escritórios locais, que visam estreitar a parceria com vendedores do país, acabam sendo uma maneira estratégica de aliar o preço baixo à diminuição do prazo de entrega dos produtos, o que pode atrair ainda mais consumidores brasileiros.

No entanto, para continuar crescendo, empresas de e-commerce, como a Shopee, precisaram de parceiros que os ajudassem a conseguir penetração de mercado em regiões estratégicas e em crescimento exponencial, como o Brasil. Para isso, estas empresas geralmente contam com uma estratégia de mobile marketing bem estruturada. Com ajuda de empresas como o SHAREit, muitos aplicativos de comércio eletrônico, como o Shopee, constroem sua base de usuários e também impulsionam o reengajamento e a retenção de usuários.

O uso de um publisher pode ser um impulso a mais para as empresas

Para conquistar estas metas, os anúncios precisam ser feitos em plataformas corretas e com a mensuração de KPI’s de maneira assertiva. Um outro aspecto relevante é que nem sempre o melhor caminho para uma empresa é anunciar por meio de agências. Entender que há publishers que podem fazer esse trabalho diretamente torna o caminho para o sucesso mais efetivo.

O publisher é aquela empresa que também vai servir como veículo de comunicação de sua mensagem por meio da veiculação dela em uma plataforma, site ou aplicativo. Sem intermediários, anunciar com um publisher gera uma tomada de decisão mais assertiva, já que a marca pode ver facilmente o número de usuários que interagiram com seus anúncios e os seus respectivos perfis, o que traz uma grande credibilidade e transparência nos dados fornecidos

Estas informações são úteis para o departamento de marketing da empresa que está anunciando compreender e analisar o mercado e entender como ter resultados melhores em suas campanhas in-app.

No momento da escolha de parceiros, o ideal é que o e-commerce verifique a relevância do publisher, seu alcance, perfil demográfico, base de usuários e formatos de anúncio permitidos – como feed, vídeo, home icon, page-popup e outros.

É preciso que a equipe de marketing do m-commerce entenda como este público é atingido e as soluções de anúncios que podem ajudar a incrementar suas estratégias e sua presença no mercado brasileiro. Tendo em mãos esses conhecimentos, os m-commerce têm a chance de impulsionar ainda mais o crescimento de compradores e tornarem-se players indispensáveis no mercado.

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