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Creators 3.0 se destacam em uma era movida pela economia da paixão

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Opinião

Creators 3.0 se destacam em uma era movida pela economia da paixão

Neste cenário, o criador de conteúdo se aperfeiçoou, aprofundou a relação com a sua audiência e comunidade


16 de agosto de 2023 - 6h00

Há certo tempo, nós profissionais ligados à marketing de influência discutimos e analisamos o que se convém chamar de “economia da paixão”, muito embora este não seja um conceito econômico amplamente reconhecido. Para isso, é importante jogar luz sobre essa locução. Afirmo que, pela primeira vez na história, temos um número cada vez maior de pessoas que têm vivido a partir daquilo que se ama – e isso é ótimo. E quando falamos de criadores de conteúdo, tudo é potencializado, claramente, por algoritmos e compartilhamentos. 

 Ao refletir sobre o termo ‘economia da paixão’, podemos dizer que o termo ‘economia’ refere-se à atividade relacionada à produção, distribuição e consumo de bens e serviços em uma sociedade. Envolve o estudo das escolhas que indivíduos, empresas e governos fazem para alocar recursos escassos e satisfazer suas necessidades e desejos. No complemento disso, a ‘paixão’ normalmente está associada às emoções, interesses intensos e motivações profundas. Pode ser algo pelo qual alguém tenha um amor ardente ou uma dedicação especial. Portanto, a expressão pode ser compreendida como uma área de estudo ou análise econômica que se concentra em atividades impulsionadas por paixões pessoais, interesses profundos ou motivações, não apenas financeiras.  

 Isso significa que, por exemplo, uma atendente de banco, que ama maquiagem e cria conteúdo em suas redes sociais sobre beleza, tem uma oportunidade de gerar receita a partir dessa paixão. E aqui entra outro termo, um conceito atrelado ao que também ficou conhecido como Creator 3.0, que inaugura uma nova era para a economia de criadores. 

 Neste cenário, o criador de conteúdo se aperfeiçoou, aprofundou a relação com a sua audiência e comunidade – e progrediu para ele próprio ser um canal de distribuição com extrema relevância. O Creator 3.0 está além do que recomenda uma marca, produto ou serviço, ele tornou-se um com a marca que comercializa. 

 Isso revela o quanto a relação entre influenciador e audiência se torna autêntica, genuína e apaixonada, e que jamais deve ser subestimada. Esses influenciadores desenvolveram uma grande clareza sobre a veracidade que se propaga, principalmente quando o criador é pago pelo conteúdo que está disseminando.  

 Com isso, os critérios para a escolha de um influenciador caminham para ser cada vez mais distante de fatores quantitativos. Embora a quantidade continue sendo considerada pelas marcas, no fim do dia, o qualitativo é o que se sobressai. Esse atributo entrega afinidade e, consequentemente, traz resultado. Afinal, uma audiência que confia no criador de conteúdo torna-se uma comunidade ativa, que percebe a veracidade entre o conteúdo e o produto. É preciso, então, ter um olhar mais analítico e profundo sobre uma variável como a autoridade. E autoridade se constrói com o tempo, tal qual, como a confiança. 

Há um provérbio romano, escrito por Cícero, que diz ‘In omni re vincit imitationem veritas’, que pode ser traduzido como: “A verdade supera o fingimento em qualquer circunstância”. Não é mais somente pelo publi, é, acima de tudo, pela paixão. 

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