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Opinião

Influência com conteúdo

Com suporte das plataformas e dos dados, marketing de influência evolui da mera exibição elogiosa de marca ou produto por alguém que coleciona seguidores nas redes sociais para ações muito mais estratégicas e cirúrgicas


5 de novembro de 2021 - 16h58

O marketing de influência está cada vez mais dependente da criação de conteúdo. Essas duas disciplinas, que crescem suas fatias na divisão dos investimentos em marketing, andam de mãos dadas. Entretanto, evoluem da mera exibição elogiosa de marca ou produto por alguém que coleciona seguidores nas redes sociais para ações muito mais estratégicas e cirúrgicas, com suporte das plataformas e dos dados, que propiciam melhor segmentação e personalização.

Estudo indica que 38% dos respondentes produzem conteúdo lifestyle (Crédito: Jacob Lund/shutterstock)

Agora, o engajamento digital avança por agregadores de conteúdos supostamente de interesse das pessoas, independentemente da teia formada por seguidores que originou as redes sociais — vide o sucesso alcançado pelo algoritmo do TikTok. No olho de um furacão
de questionamentos, para muitos usuários, o Facebook se transformou mais em um feed de notícias, quase que um agregador de informações, que a própria empresa incentivou, numa migração da “amizade” para a “comunidade”. LinkedIn, Twitter e YouTube são outras plataformas dependentes da repercussão de conteúdos. E é nesse emaranhado de alternativas que os influenciadores e criadores de conteúdo lutam para provar relevância para as marcas.

A partir desta edição, o projeto especial Creators & Influencers aborda, em cinco capítulos semanais, o ganho de espaço do marketing de influência e da produção de conteúdo nas estratégias e orçamentos dos anunciantes. As reportagens irão explorar temas como o peso da dinâmica dos algoritmos na distribuição das mensagens pelas plataformas, os efeitos na saúde mental dessa busca por audiência, a abertura de nichos de atuação pelos microinfluenciadores versus o questionamento sobre a eficácia de engajamento das personalidades que têm milhões de seguidores, a geração de novos negócios e marcas próprias por aqueles de perfil mais empreendedor e a relação da
televisão e suas estrelas com esse segmento e suas ferramentas de conexão.

O projeto multiplataforma de Meio & Mensagem se completa com uma série de cinco episódios em vídeo, com entrevistas com executivos de marketing e influenciadores, sobre comportamentos, tendências e cases, cada um deles dedicado aos setores de economia e finanças, beleza e skincare, viagens e turismo, alimentação e culinária, e moda e lifestyle. Além disso, todo o conteúdo estará acessível no site creatorsinfluencers.meioemensagem.com.br.

Para começar, o primeiro capítulo, nas páginas 40 a 44, debate a chamada creator economy, o conjunto de negócios, empresas e ferramentas tecnológicas dedicadas a alimentar a relação entre marcas, criadores e público — e a fazê-lo com menos fricções.

De fato, a adição de dados mais confiáveis, o aprimoramento dos mecanismos de mensuração e a automação mais inteligente dos processos, tanto na seleção de parceiros como na veiculação das mensagens, permitiu ganho de confiança do mercado anunciante na contratação de criadores e influenciadores. E, por outro lado, ajudou esse setor da indústria a se profissionalizar mais e a adotar modelos de negócios mais eficientes e sustentáveis.

Nessa equação de crescimento exponencial, a criatividade e o talento humano seguem como ingredientes fundamentais para a geração de engajamento e, consequentemente, de resultados relevantes para as marcas investidoras.

O desenvolvimento do mercado leva, ainda, influenciadores e criadores de conteúdo a ocuparem espaços maiores do que somente o de “ferramentas de mídia”, assumindo papel central de geradores de negócios. Numa direção, marcas assumem o papel de criadoras
e distribuidoras de conteúdo, ajudadas nesse processo pelos próprios creators; noutra, os influencers que trilham melhor os caminhos da criação e do engajamento, acabam virando marcas.

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