Inovação no presente

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Opinião

Inovação no presente

Retail’s Big Show, da NRF, reflete a velocidade das transformações e a busca pela geração de negócios no curto prazo, típicas do pragmatismo do varejo, mas deixa rastros de reflexão e conhecimento para o futuro da atividade


23 de janeiro de 2024 - 14h00

A experiência de compra é uma das atividades cotidianas das pessoas que mais evoluiu nos últimos tempos. O avanço tecnológico, entre outros fatores, encurtou o espaço entre o despertar do desejo de consumo e o efetivo desfrute do produto ou serviço. A internet e os smartphones colocaram os pontos de venda nas mãos dos consumidores. Os ambientes de informação, entretenimento e comercialização se uniram. Canais de venda se fragmentaram, a quantidade de ofertas se multiplicou exponencialmente e o volume de informações disponível beira o infinito.

Como reação, o público ficou mais exigente e passou a valorizar mais a conveniência. Na ponta da mídia de massa, os shoppable ads levam a efetivação da compra para o momento de conexão entre o espectador e a televisão. Na ponta do varejo, o amadurecimento do retail media, que leva a publicidade para o ambiente de compra, alimenta as apostas de muitos especialistas de que “o varejo físico é a nova TV” — opinião embasada pelo avanço na qualidade das interações, com ambientes mais atraentes e, consequentemente, maior chance de engajamento mais profundo.

Realizada na semana passada, em Nova York, a 114ª edição do Retail’s Big Show, encontro anual dos maiores varejistas do mundo, promovido pela National Retail Federation (NRF), abriu espaços para diversas discussões sobre inovações capazes de moldar o futuro da atividade. Embora seja compreensível a necessidade de se estar preparado para as transformações contínuas de um setor dinâmico, competitivo e, por vezes, instável, as aplicações possíveis no presente chamaram mais atenção do que os exercícios de futurologia. Mesmo quando o assunto é a onipresente inteligência artificial, o interesse maior foi por ferramentas de redução de custos de produção e de ganho de eficiência possíveis de serem implementadas no presente.

Assim, o conteúdo do evento reflete a velocidade das transformações e a busca pela geração de negócios no curto prazo, típicas do pragmatismo do varejo. “O que realmente importa é gerar negócios” — essa é a frase que define os principais debates do evento, de acordo com a curadoria de conteúdo feita, em Nova York, pela editora Bárbara Sacchitiello e pelas repórteres Giovana Oréfice e Taís Farias e da repórter Carolina Huertas, cujas produções em vídeos podem ser vistas nas redes sociais de Meio & Mensagem.

No site meioemensagem.com.br/nrf estão disponíveis a cobertura completa da NRF, com as reportagens feitas pelas jornalistas de Meio & Mensagem, e o mosaico de opinião de diversos profissionais brasileiros que lá estiveram, compondo a maior delegação estrangeira do evento, e se juntaram no blog Conexão Nova York. O encontro da semana passada marcou o início da edição de 2024 do projeto 100 Dias de Inovação, que contempla ainda mais dos destinos nos próximos meses. De 26 a 29 de fevereiro, nossa equipe estará em Barcelona, onde ocorre o Mobile World Congress (MWC), principal fórum sobre conectividade do mundo, que reúne líderes globais das principais empresas de tecnologia e telecomunicações. Em março, de 8 a 16, a parada final será em Austin, no Texas, para o South by Southwest (SXSW) e sua programação sobre inovação e comportamento.

Mantendo sua característica multiplataforma, o projeto 100 Dias de Inovação, que é realizado desde 2019, conta com sites específicos para cada um dos eventos, ampla cobertura nas redes sociais e análises nas edições semanais. São esforços de fôlego durante os dias em que acontecem cada um dos eventos, que exigem a mesma velocidade e sentido de urgência típicos do varejo, mas que deixam também rastros de reflexão e conhecimento que serão sentidos durante todo o ano nos conteúdos de Meio & Mensagem, assim como, espera-se, na atuação cotidiana dos profissionais brasileiros que deles participarem. Afinal, 2024 está apenas começando.

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