Irrelevância ou protagonismo?
Atividades deverão ser basicamente digitais ou remotas por um período, sem a contribuição do live marketing ou do brand experience
Atividades deverão ser basicamente digitais ou remotas por um período, sem a contribuição do live marketing ou do brand experience
(Crédito: Facebook)
Recentemente, aconteceram diversos cancelamentos ou adiamentos em todos os setores que envolvem presença física das pessoas. Totalmente previsível e fortemente indicado. As movimentações foram grandes e envolveram desde grandes plataformas mundiais (como a Fórmula 1) ou relevantes plataformas locais (Campeonato Italiano de futebol).
Na história recente, nunca ocorreu desta forma e nesta magnitude. Talvez durante a Segunda Guerra Mundial tenham acontecido diversos cancelamentos por motivos óbvios, mas, naquela época, não existia a relevância que o live marketing tem hoje. Teremos muito espaço para fazer análises mais aprofundadas destas ações de descontinuidade total de um setor mais à frente, com certeza. Quero, aqui, iniciar com a minha visão pessoal. Não existe discussão quando o ponto em questão é a vida humana. Sempre deveremos fazer nossos esforços individuais e coletivos nesse sentido.
Cancelamentos (mais drásticos) foram realizados tendo em vista a segurança sanitária das pessoas ou falta de equacionamento nos modelos de negócio (falta de opção de data para realizar o evento, por exemplo) ou, simplesmente, porque as pessoas participantes entraram em consonância com o setor governamental, e abdicaram de participar em qualquer atividade relacionada à união de pessoas em um mesmo local.
Adiamentos (mais lógicos) demonstram que alguns players do setor têm uma capacidade muito rápida de transformar ou evoluir o seu modelo de negócios para tomar este tipo de decisão. Pense em uma feira de negócios, na qual existe a necessidade de definir uma agenda em comum entre centenas de vendedores (expositores) e milhares de compradores (visitantes), ou em um grande festival de música que tem que definir rapidamente uma nova data que seja possível para muitos artistas e diversos fornecedores. Mas, quem trabalha neste setor, sabe que é assim. Eventos igual eventualidades!
Em um momento em que cada vez mais atividades se tornam digitais, ajudando os eventos e o setor de live marketing a obter mais protagonismo, veremos agora o oposto, ou seja, as atividades deverão ser basicamente digitais ou remotas por um período, sem a contribuição do live marketing ou do brand experience. Quais serão os aprendizados que, como sociedade, teremos desta situação inédita? Os eventos serão vistos como irrelevantes e dispensáveis, pois tudo aconteceu online e funcionou? Ou os eventos e as ações de brand experience irão, após esta crise, demonstrar ainda mais a sua importância e seu protagonismo? Qual é a sua visão sobre o pós-crise? Irrelevância ou protagonismo?
**Crédito da imagem no topo: Trendobjects/iStock
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