O futuro, além dos fatos

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Opinião

O futuro, além dos fatos

Números, por si só, não são o bastante para avaliar as forças a influenciar as mudanças de comportamento e dos cenários de mercado, especialmente nestes tempos de transformação


23 de maio de 2016 - 11h00

Não é de hoje que Meio & Mensagem ampliou a gama de assuntos e personagens que ilustram e protagonizam suas páginas todas as semanas. Com a missão de informar e analisar o que há de mais relevante em termos de influência sobre as variáveis que determinam os rumos da conexão entre marcas, pessoas e a sociedade como um todo, essa guinada se intensifica na mesma medida em que o nosso mercado se desenvolve e acumula responsabilidades cada vez maiores junto ao negócio de seus clientes. Publicada nas páginas 8 e 9, a entrevista com o novo CEO da Mondelez para o Brasil, Augusto Lemos, é um bom exemplo dessa estratégia.

Com formação em marketing, Lemos escolheu o Meio & Mensagem para conceder a primeira entrevista de fôlego sobre os planos para a comunicação e o posicionamento de mercado das diversas marcas tradicionais e líderes de segmentos que compõem o seu portfólio. Junta-se, assim, a um time de 19 presidentes de empresas dos mais variados setores que compartilharam suas opiniões e visões de futuro com nossos leitores ao longo dos últimos 12 meses.

Estão nessa conta os executivos-chefes no Brasil de Vivo, General Motors, Máquina de Vendas, Fiat Chrysler, Procter & Gamble, Nike, Mastercard, JBS, Oi, Audi, Monsanto, Ultrafarma, Blue Tree, Assaí, Giraffas e Dafiti. Os presidentes globais de Citroën, Reebok e Tag Heuer completam a lista de 20 CEOs que concederam entrevistas exclusivas para o Meio & Mensagem no período de um ano.

“Estávamos na linha do duplo dígito (de crescimento) e obviamente que todo o contexto da economia brasileira de desaceleração teve impacto nos resultados, fazendo com que não mantivéssemos essa taxa acelerada. Mas, em contrapartida, crescemos em participação de mercado”, afirmou Lemos ao repórter Luiz Gustavo Pacete. “Desde o ano passado, o consumidor está se adequando ao próprio bolso, mas sem abrir mão das conquistas. Ele deixou de viajar, de comer fora, mas não abriu mão do chocolate como recompensa. É um benefício que ele pode levar para casa e para si mesmo sem grandes compromissos com seu próprio bolso.”

As avaliações de cenários e resultados do líder da Mondelez no País estão alinhadas com o atual conjunto de forças a determinar as decisões de compra do consumidor, retratadas pelo estudo anual de marcas mais escolhidas no ponto de venda, realizado pela Kantar Worldpanel — mais um conteúdo que você, caro leitor, tem acesso em primeira mão, com exclusividade, nesta edição.

Nesse caso, a simples publicação da posição das marcas no ranking não basta: é preciso fazer a leitura correta da movimentação de mercado, uma vez que a colocação das cinco primeiras da lista permanece a mesma, mas todas apresentaram queda na frequência de compra e três delas apresentaram recuo também
na penetração, em comparação ao ano anterior. Para desvendar as mudanças de comportamento que muitas vezes a exatidão dos números por si só não revela, leia a matéria da repórter Mirella Portiolli, nas páginas 18 e 19.

Por fim, mas definitivamente não menos importante, confira o artigo de nosso colunista Marcos Caetano, sócio global da Brunswick Group, sobre a capacidade de entrega e as estruturas contemporâneas
das agências. No texto, com sua habilidade nata em trabalhar as palavras, Caetano dá continuidade ao debate proposto na edição anterior pelo diretor executivo da M&M Consulting, Pyr Marcondes, que dominou as conversas de líderes do mercado e movimentou centenas de comentários em nossas redes sociais ao longo da semana.

Mais do que registrar o que passou, Meio & Mensagem acredita que o papel primordial de um veículo que se propõe a ser a bússola de um mercado é estimular projeções e discussões em relação ao futuro, em curto, médio e longo prazos.

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