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Opinião

O melhor garoto-propaganda da sua empresa é você

Mais do que celebridades, influenciadores e outros embaixadores, quem tem mais condições de construir ou destruir a reputação de uma companhia são seus próprios funcionários


15 de agosto de 2022 - 14h00

(Créditos: ShutterStock)

Será que a propaganda da sua marca precisa de uma celebridade? Conheço empresas que preferem nunca usar pessoas conhecidas em seus anúncios, para garantir que seus produtos sempre serão os heróis. Mas também conheço companhias que dependem totalmente de licenciamentos, se apoiando na atratividade dos personagens. No meio do caminho ainda estão as que usam personalidades de vez em quando.

Costumo dizer que qualquer tipo de co-brand só vale a pena se a associação trouxer resultados que uma marca não conseguiria sozinha. Pelo menos não nesse prazo, desse jeito ou com esse custo. Aí essa conta fecha.

Já vivemos a fase dos “garotos-propaganda”, dos embaixadores de marca e dos influenciadores. Agora vemos marcas contratando celebridades para fazerem parte de suas equipes, pedindo ajuda para creators traduzirem sua campanha e artistas trocando sua imagem por participação acionária. Também vemos avatares fazendo anúncios, empresas “comprando” canais de pessoas influentes e criadores de conteúdo lançando seus próprios produtos.

Tudo isso por uma razão muito simples: a gente prefere se relacionar com pessoas do que com coisas. Pode conferir: o número de seguidores em redes sociais das marcas mais amadas do mundo não são comparáveis aos números das maiores celebridades. Existe algo na relação humana que vai além.

E é aqui que eu constato um outro movimento: o dos funcionários que viram embaixadores de seus empregadores. Não estou falando de um colaborador que apareceu no post de aniversário da firma. Nem de uma relação contratual combinada. É sobre uma multidão de gente desejar fazer parte de uma empresa principalmente porque se identificam com alguém que trabalha lá.

Um movimento de CNPJs sendo construídos por CPFs. De funcionários recém-admitidos postando suas primeiras impressões sobre como foram recebidos em um novo emprego. De alguém que compartilha a alegria pela promoção ou a tristeza com a demissão. De uma enfermeira que fala sobre a sua rotina no hospital ou de um professor que conta os apuros da sua turma escolar. E em todos esses casos, uma “marca empregadora” fica em questão.

As pessoas que têm as maiores condições de construir ou destruir a reputação de uma empresa são os seus funcionários. E a internet deu a cada um deles um microfone nas mãos.

Veja o recente movimento de CEOs e fundadores muito ativos em redes sociais. Essa é a forma mais barata de eles atraírem talentos. Quando vemos um post da Luiza Trajano, do Alê Costa ou do Rony Meisler, não estamos apenas conhecendo mais das suas vidas pessoais…. estamos percebendo os seus valores, suas referências, suas culturas. E, consequentemente, influenciando nossa percepção sobre a imagem das empresas que eles representam.

Esse mesmo efeito também tem descido a todos os níveis de profissionais. Há quem escolha voar por uma companhia aérea porque gostou muito de um vídeo que viralizou sobre sua comissária de bordo que foi atenciosa com um cachorrinho. Ou ganhou uma simpatia enorme por uma marca de postos de gasolina apenas porque um frentista compartilhou cenas divertidas de atendimentos a clientes. E o mesmo vale para o outro lado: você pode escolher evitar uma emissora apenas porque uma de suas jornalistas fez comentários que você não concorda em suas redes.

Você quer atrair talentos? Chamar a atenção de investidores? Melhorar a reputação da sua empresa? Vender mais? Ajude os seus melhores embaixadores – os seus funcionários – a falarem bem de você. Eles podem fazer algo pela sua marca que nenhum anúncio é capaz de fazer.

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