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Pokémon GO, US$ 11 bi e uma ideia que poderia ser de uma agência

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Opinião

Pokémon GO, US$ 11 bi e uma ideia que poderia ser de uma agência

Precisamos apertar o passo para que, quem sabe, em pouco tempo, o próximo Pokémon GO seja a próxima “campanha” de uma nova agência


14 de julho de 2016 - 8h00

São raros, ou quase inexistentes, os casos em que uma campanha ou uma ação de publicidade mexe no valor de mercado de uma companhia com tamanha agressividade como o caso atual da Nintendo. Desde o lançamento do Pokémon GO, o valor da empresa na bolsa de valores já subiu impressionantes US$ 11 bilhões, em menos de uma semana.

Tudo isso devido a um único movimento: o lançamento de um jogo que mistura uma série de paixões dos millennials: game, Pokémon, smartphones, realidade aumentada e uma boa dose de nostalgia.

Para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer, esse vídeo explica o que é o jogo:

O único detalhe é que esse jogo não é uma campanha e nem uma ativação de publicidade. Mas poderia ser.

Há seis anos, um game que combinava o mundo virtual e o real, mais ou menos nos mesmos moldes do Pokémon GO, era sucesso absoluto em Cannes. O case em questão é o MINI Getaway Stockholm criado pela Jung von Matt, no qual convidava pessoas a uma verdadeira caçada virtual pelas ruas de Stockholm com o objetivo de capturar MINI virtuais. Por meio dos smartphones, as pessoas tinham a chance de ganhar um MINI de verdade. Para quem não se lembra, esse é o videocase da campanha:

Depois dessa ação, a MINI não viu suas ações valorizadas na bolsa, mas trouxe na bagagem vários Leões de Cannes.
Pois bem, estou falando de duas coisas absolutamente diferentes em dois momentos distintos, mas que, concordemos, têm suas semelhanças.

E são as semelhanças que vemos nesse caso, e também em vários outros, que me fazem pensar: nós, publicitários, nos contentamos com pouco. Alguns Leões como recompensa e já estamos satisfeitos.

Derramamos uma enormidade de ideias com potenciais de se tornarem negócios milionários para as marcas, mas ainda as encaramos como campanhas e, não, como negócios.

Sim, agências nasceram para fazer campanhas publicitárias, esse é nosso negócio. Mas o mundo muda muito rápido e estamos tentando acompanhar o ritmo.

Algumas agências já perceberam o valor dessas ideias e entregam projetos e produtos e não mais campanhas, um novo modelo de negócio, uma nova relação, menos prestação de serviço e mais sociedade. Algumas delas, inclusive, já incubam startups dentro do negócio.

A boa notícia é que estamos evoluindo, mas precisamos apertar o passo para que, quem sabe, em pouco tempo, o próximo Pokémon GO seja a próxima “campanha” de uma nova agência.

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