Vocês não se falam?
Essa é uma indagação que dói escutar de um cliente quando se está trabalhando em projetos
Essa é uma indagação que dói escutar de um cliente quando se está trabalhando em projetos
Essa é uma indagação que dói escutar de um cliente quando se está trabalhando em projetos que envolvam mais de uma área – planejamento, atendimento, mídia, criação etc. Dói porque sinaliza um descompasso visível entre a equipe.
Infelizmente, essa situação se torna bastante comum quando agências optam por trabalhar de forma (extremamente) departamentalizada, ou seja, com cada área trabalhando “no meu projeto”. Isso acaba engessando o processo e, muitas vezes, o cliente tem a sensação de que a equipe não conversa entre si. Como sair do mood “meu projeto” para o “nosso projeto”?
Entendo que o trabalho em squads seja uma ótima solução, apesar de eu não gostar do termo, que tem sua origem no ambiente militar. Prefiro denominar este modelo de “Grupos Criativos” e é assim que me verão fazer referência ao termo longo deste artigo. Sabendo que a palavra criatividade não pertence apenas a uma área. E, sim, a todas.
Os Grupos Criativos colocam todo mundo na mesma sala, no mesmo sistema. Especialmente em equipes que trabalham de forma remota, é importante que todos saibam o que está acontecendo no cliente. Esse modelo traz profundidade às campanhas criadas e as pessoas ganham compreensão do que está sendo pensado. Formar um Grupo Criativo traz para a equipe o olhar do projeto como um todo e, quando chega um pedido para o mídia, por exemplo, todos já sabem o que precisam fazer.
Indo além, este é um modelo que promove autonomia. Como todos trabalham mais próximos e o processo é bem mais transparente (não apenas pela utilização de ferramentas abertas, mas também pelas conversas diárias que existem), isto faz com que todo time, independentemente da experiência ou função, passe a ter mais voz. Os Grupos Criativos promovem mais abertura e segurança para que as pessoas possam se posicionar. Na prática, também noto que, além da agilidade, este modelo torna as pessoas bem mais motivadas, mais “donas” dos projetos.
Um possível defeito que pode afetar o Grupo Criativo, mas que conseguimos solucionar facilmente, é o isolamento da célula dentro da agência. Os integrantes podem acabar vivendo “naquele mundinho” e não sabem o que acontece na agência como um todo. Uma maneira simples de mudar isso é promover reuniões mensais com toda a equipe da agência para apresentar as conquistas e desafios do período. Com a retomada do trabalho híbrido, os encontros presenciais também atenuam essa questão.
Sou agora um grande defensor dos Grupos Criativos. Quem me conhece sabe que, desde sempre, tentei reunir as diferentes áreas da agência para o diálogo. Mesmo quando isso nem tinha o nome de squad. Vejo hoje que a formação “oficial” do Grupos Criativos direciona o olhar de cada um para a busca de soluções para a marca e trazem liberdade para que todos possam ser criativos. Isso faz com que o time inteiro se sinta mais dono do projeto.
Numa rotina acelerada, manter um time integrado é um desafio em qualquer contexto, daí, trabalhar em estruturas que favoreçam essa dinâmica é essencial. Ah… por último, mas muito importante: fica visível para o cliente que a gente se fala.
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