Pyr Marcondes
27 de fevereiro de 2018 - 4h16
A Huawei, uma das maiores, se não a maior fornecedora de equipamentos para telecomunicações do mundo, uma empresa chinesa com sede na cidade de Shenzhen, lançou com justificado alarde aqui em Barcelona o que vem a ser o primeiro chip 5G já devidamente preparado para uso comercial.
Isso significa que está dada a largada na corrida que já vem acontecendo nos bastidores da indústria mobile em busca do Santo Graal do 5G, mas que agora se mostra publicamente nos holofotes da mídia mundial e com razão.
Os chips 5G equiparão nossos aparelhos móveis e todos os demais aparelhos conectados da Internet das Coisas nos próximos anos. Mas é nos próóóximos anos. A expectativa é que o 5G comece, de fato, a ser algo que se insira na nossa vida cotidiana de forma mais efetiva apenas de 2020 em diante e olhe lá.
Lançar um chip 5G neste ainda algo distante 2018 é um gesto de ousadia e avanço tanto tecnológico quanto comercial indiscutíveis.
Mas o chip da Huwaei não está ainda em lugar nenhum, de verdade. Ou pelo menos não de forma massiva e presente, como estará certamente um dia. É um sinal no vento.
O MWC deste ano, como deveremos analisar mais detidamente quando ele terminar, é um evento de passagem. Um evento de compasso de espera. Quer dizer, tecnologias como a da Huwaei (outras companhias estão também lançando suas novas tecnologias preparadas para o novo mundo 5G, mas estamos falando de equipamentos de infra-estrutura de rede ou de pequenos apps e softwares em beta, que apontam para o novo formato de conectividade) não significam que entramos definitivamente na nova era.
O mundo que a Huawei aponta e o mundo 5G em que viveremos em breve estará fazendo 100 bilhões de conexões na velocidade estonteante da nova plataforma. Mais rápidas e bem mais inteligentes.
Para chegar ao seu novo chip 5G a Huwaei fez testes com carriers em 10 cidades no mundo e a companhia mostra aqui na feira, em seu stand, não só o novo chip, como uma série de soluções de infra-estrutura igualmente preparadas para o 5G, como plataformas de conexão na nuvem, bases de transmissão de dados e tantos outros equipamentos que não conhecemos, nem sabemos sequer que existem, mas sem os quais a maravilha da conexão aparente que conhecemos e usamos não seria possível.
Estamos começando a passar pelo limiar da grande mudança. Aqui em Barcelona é como se estivéssemos olhando pelo buraquinho da fechadura do futuro da conectividade em altíssima velocidade e eficácia. E conseguimos assegurar que o que dá para ver do lado de lá promete ser bem interessante.