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E agora, para onde vão as marcas nas redes sociais?
As redes sociais, em geral, estão cada vez mais seguindo o caminho de decidir qual será o conteúdo que seus usuários irão ver
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BuscarAs redes sociais, em geral, estão cada vez mais seguindo o caminho de decidir qual será o conteúdo que seus usuários irão ver
30 de junho de 2016 - 8h15
(*) Por Gisele Giardelli
Cientes do grande “boom” das redes sociais e de sua importância como um canal de relacionamento com o consumidor, não é de hoje que as empresas estão investindo cada vez mais em ferramentas como Facebook, Twitter e Instagram. Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB) Brasil, as ações de marketing em redes sociais, com o crescimento registrado nos últimos dois anos, só perde para os investimentos realizados na TV. Além disso, um estudo conduzido pela IE Business School demonstrou que 20% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por algo que teve uma personalidade indicando.
Esses dados mostram o que todo mundo já percebeu: as redes sociais são hoje fomentadoras de negócios e um ótimo canal para divulgação, não só para produtos e serviços, como também formadora de celebridades, vide tantos novos nomes aparecendo no hall dos famosos da Internet.
Mas o que acontece quando a inteligência dessas ferramentas mudam, beneficiando apenas grandes anunciantes e diminuindo o alcance orgânico?
O Instagram anunciou recentemente uma mudança no algoritmo de seu feed e provocou muitas discussões sobre o assunto. Marcas e celebridades correram para pedir aos seus seguidores que ativassem as notificações de seus perfis e muitos usuários também ficaram receosos de terem suas fotos e vídeos deixadas em segundo plano. Até então, as postagens apareciam em ordem cronológica e, com o novo feed, a sequência natural das imagens é alterada, mostrando o que o algoritmo julgar mais interessante para determinado usuário.
Ao que tudo indica, o sistema ficará parecido com o do Facebook. Sendo assim os perfis maiores acabam ganhando mais destaque entre os outros e, os menores, talvez, tenham que pagar alto por publicidades se quiserem aparecer para mais pessoas. As grandes empresas, que possuem capital sobrando em caixa para investir em grandes ações de marketing sairão na frente com estas mudanças. Quem sairá prejudicado são os donos de pequenos negócios, pois não será muito atraente pagar o valor de um anúncio para se manter engajado.
As redes sociais, em geral, estão cada vez mais seguindo o caminho de decidir qual será o conteúdo que seus usuários irão ver. Segundo notícias estrangeiras, o próximo a ter essa mudança será o Snapchat, diminuindo também a visibilidade de pequenos e médios negócios. Justamente no momento em que os profissionais estavam se acostumando a adaptar métricas de engajamento ao ROI.
Uma vez que as personalidades e empresas vivenciaram a experiência de construir suas imagens e marcas em plataformas inovadoras, que não exigiam um aporte financeiro, convencê-los a despender um investimento sustentado pela publicidade não será fácil. E por isso, muitos começam a repensar os canais valem a pena.
A questão é que para as pequenas e médias empresas e para as pessoas que apostam nas redes sociais para fazerem fama, os famosos likes, seguidores e engajamento são fatores cruciais, e qualquer custo é analisado com extremo cuidado.
Então qual será a saída para que eles continuem se comunicando com o seu público de forma efetiva? As necessidades de divulgação orgânica para as marcas e de sede por conteúdos que realmente são do interesse de cada indivíduo são infindáveis e, portanto, é natural a busca por novas plataformas que atendam exigências específicas.
O fato é que existem outras redes sociais que – ainda – não possuem bilhares de usuários, mas que com certeza geram um engajamento muito maior sem ter que pagar por isso. Ainda há muito espaço para ser explorado, basta encontrar aquele em que maior parte do seu público está e elaborar estratégias específicas para eles, que certamente colherá bons frutos para a sua marca.
(*) Gisele Giardalli é country manager do DeeMe, um aplicativo gratuito que permite a troca de mensagens por telefone, usando foto e texto.
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