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Entenda por que a Black Friday pode mudar de data em 2018

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Entenda por que a Black Friday pode mudar de data em 2018

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Entenda por que a Black Friday pode mudar de data em 2018

A alteração, desalinhada com a data original americana, pode gerar ainda mais dúvidas na cabeça do cliente final sobre a veracidade da data promocional


28 de agosto de 2017 - 12h38

Por Francisco Cantão (*)

 A Black Friday, que já se estabeleceu como uma das mais importantes do ano para o comércio eletrônico brasileiro, tendo movimentado R$ 2 bilhões em 2016, segundo levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), e que tem data fixa na última sexta-feira de novembro, pode ter uma grande mudança em 2018. A possibilidade é que o evento passe a ocorrer em setembro, antecipando em dois meses o período mais aguardado para o varejo online.

O motivo informado pelos lojistas como justificativa para a troca é a necessidade de separar as vendas de Natal e as da Black Friday. Como hoje existe uma grande proximidade entre ambas, as lojas acabam perdendo oportunidades e não conseguem trabalhar da melhor forma, precisando fazer uma mescla que pode não ser a melhor opção para os negócios nem para os consumidores. Com a alteração, as ações poderiam ser feitas de forma separada, tornando-se mais atraentes.

Levando em conta o cenário econômico atual, a mudança pode ser promissora, pois introduziria em setembro — mês sem muitas possibilidades devido ao calendário desfavorável —, a maior data do e-commerce nacional, aumentando a quantia de transações do período. Assim, o último trimestre do ano teria outras formas de ser impulsionado, com o Dia das Crianças e o Natal.

Alguns lojistas são contra, pois acreditam que o principal fator que cativa os consumidores é o recebimento do 13º salário, em novembro. Dessa maneira, é possível que os clientes guardem o dinheiro e se programem para a data em seu dia tradicional. Os que são a favor argumentam que o sucesso da Black Friday não é por causa do 13º salário, mas pela comunicação proporcionada pelas empresas por meio das mídias tradicionais, como rádio, televisão e jornal e também as online, como Google e Facebook.

Com o impasse, o cenário mais provável é a realização de ambos, com uma Black Friday em setembro e outra em novembro, possibilitando a participação de todos os lojistas interessados. Tal opção pode até ser viável ao consumidor, que terá mais de uma oportunidade para aproveitar os baixos valores oferecidos, mas o risco da data perder a atratividade junto aos consumidores, que, em boa parte, já questionam a credibilidade da data. Uma alteração dessas, desalinhada com a data original americana, pode gerar ainda mais dúvidas na cabeça do cliente final sobre a veracidade da data promocional.

 

(*) Francisco Cantão é sócio da Proxy Media

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