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Índice de Automação do Mercado Brasileiro indica mais investimento em tecnologia

Na contramão da crise, empresas aumentam o nível de automação em seus processos Índice de automação no Brasil cresceu 8% em um ano Pequenas empresas investiram mais em automação neste ano Consumidores usam mais aplicativos de compras via smartphones


15 de janeiro de 2019 - 8h01

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil divulga a nova edição do Índice de Automação do Mercado Brasileiro, que tem como objetivo medir o nível de automação no país para identificar o quanto tecnologias são adotas por empresas e consumidores. Dividido em duas frentes de apuração – Empresas e Consumidores –, sendo empresas com visualizações por indústria e comércio e serviços, o índice mensura a automação em todo o país e conta com o apoio metodológico de uma das maiores empresas de pesquisas, a GfK Brasil.

Empresas
Embora vários setores da economia tenham recuado no último ano, o investimento em processos e recursos de automação nas empresas cresceu na proporção de 8% entre 2017 e 2018. O método de estudo avalia vários setores e o índice possui um intervalo de avaliação de 0 a 1. Em novembro de 2017, o Índice de Automação do Mercado Brasileiro apontava para 0,223 e hoje está em 0,241.

Na variação 2017/2018, as empresas brasileiras aumentaram seu nível de automação para ganhar mercado frente à concorrência. As empresas foram analisadas nas seguintes divisões – Indústria e Comércio e Serviços.

A vertical Indústria teve uma alta de 8,3% do índice, saltando de 0,261 para 0,282. Já no setor de Comércio e Serviços, o índice saltou de 0,186 para 0,199.

O foco de maior investimento da indústria em 2018 foi em atendimento e relacionamento com o cliente. “O uso mais estratégico dos dados gerados diariamente pelas ações dos clientes dá mais subsídios para a geração de ofertas direcionadas ao desejo dos consumidores”, analisa Marina Pereira, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.

No segmento de logística, de acordo com Marina, “percebemos que a identificação única de produtos e o código de barras estão entre os recursos mais adotados pelas empresas, o que as auxilia a ter um maior controle da localização dos itens na cadeia de abastecimento”. A conclusão é que os processos de rastreabilidade recebem mais atenção hoje, principalmente quando a identificação é automatizada por meio de padrões GS1 de códigos de barras, bidimensionais e radiofrequência. Já no varejo, a integração entre o back office e o checkout tem aumentado, o que aponta para maior preocupação com a gestão dos negócios e das informações dentro dos negócios.

A Região Sul do país foi a que mais se destacou em crescimento de automação de empresas no período de um ano, com aumento de 13,1%. As outras regiões que perceberam maior adoção em automação foram a Sudeste – 6,6% – e a Centro-Oeste, com variação de 6,3%.

Consumidores
O estudo também analisa o comportamento do consumidor em relação ao acesso a recursos de tecnologia. Esse item mensura como os equipamentos, dispositivos móveis e eletrodomésticos estão inseridos no cotidiano das pessoas. São analisadas frentes como, por exemplo, acesso à internet, o uso de aplicativos e de automação em residências e nos automóveis. O índice hoje é de 0,174, o que representa o crescimento de 4% em um ano.

O destaque na mudança de hábitos do consumidor está na mobilidade e no uso de aplicativos de e-commerce. Houve crescimento de 25% nesse índice, que saltou de 0,259 em 2017 para 0,325 em 2018. A aquisição de itens pessoais inteligentes foi evidenciada com aumento de 11,1% neste ano.

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