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Show da Intel com homem e máquina, música e emoção, na CES 2018.

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Show da Intel com homem e máquina, música e emoção, na CES 2018.

Aqui e ao vivo o homem tocou instrumentos com máquina, a máquina compôs para o homem e ela tocarem juntos. No final do espetáculo não se ouvia uma agulha até que lembramos onde estávamos e que deveríamos voltar a respirar. Então palmas, muitas palmas. Mas para quem? O homem ou a máquina?


11 de janeiro de 2018 - 8h33

Por Natasha de Caiado Castro (*)

 

Estado de graça é bacana, rola quando o cérebro não entende algo e “desencana” de entender. Daí o “ser” transcende, deixa os paradigmas, as “caixinhas”, entra em uma “vibe” e vivencia experiências desconhecidas. Foi exatamente o que aconteceu durante Keynote da Intel aqui em CES, a maior feira global de tecnologia que está acontecendo esta semana em Las Vegas.

Hoje eu vi magia. A Inteligência artificial criou música, tocou instrumentos e encerrou a apresentação com uma centena de mini drones sobrevoando nossas cabeças dentro do teatro em uma dança aérea super emocionante.

Aqui e ao vivo o homem tocou instrumentos com máquina, a máquina compôs para o homem e ela tocarem juntos. No final do espetáculo não se ouvia uma agulha até que lembramos onde estávamos e que deveríamos voltar a respirar. Então palmas, muitas palmas. Mas para quem? O homem ou a máquina?

Foi assim que terminou a primeira parte de CES, que já apresentou ao mercado e trouxe para o palco, também assinado pela Intel, o drone que voa 2 pessoas com autonomia de meia hora. O Velocopter é o protótipo do “carro” ou “taxi aéreo” de tecnologia Alemã testado em Dubai. O drone usa big data em toda sua composição e operação. Decolou, voou e posou com seu CEO Ben Krzanch que começou o keynote explicando que a Intel deixa de ser uma empresa de pc centric para data centric.

Para exemplificar o poder do controle dos dados existentes, a pioneira de tech também entra na área de entretenimento mapeando estádios esportivos com 100 câmeras e possibilitando que o expectador escolha seu angulo de visão em diversas situações. Também construíram um estúdio em Los Angeles onde as 100 câmeras colocam o expectador no lugar do ator por meio de realidade virtual. No caso do filme do velho oeste usado como exemplo, fomos colocados no olhar do cavalo.

Outros lançamentos que estão causando buzz por aqui são a TV modular da Samsung, tamanho “on demand”. A geladeira ou “Family hub” lançado no ano anterior reposiciona o centro da casa em volta da tv e em 2018 ganha novos features no caminho de casas inteligentes, integrado com assistente pessoal (que não é o ALexa do Amazon). Este controla a temperatura do ambiente interno ou escaneia produtos do seu interior para gerar receitas baseadas nos hábitos familiares, por exemplo. Mais uma vez machine learning, mas agora com reconhecimento de voz, ou seja, sem me identificar eu peço uma pizza de queijo e recebo a de queijo enquanto um vegano usando o mesmo assistente na mesma casa recebe a sua sem propriedade animal. Ah sim, o melhor para mim foi ver que manual deixa de existir para tudo. O celular controla até o download do Spotify na TV, tudo sem dor.

E como a previsão no primeiro mundo é chegar a 2020 com 2/3 da população modulando o trabalho seguindo seus interesses, o Flip, a nova tela interativa da Samsung, passa a substituir os milhares de post its de design thinking, monta apresentações, transmite as apresentações e já está integrado com seu celular e laptop.

Um centro de investimentos em internet das coisas foi criado no Vale do Silício, junto com um instituto que promete integrar totalmente até 2020 a vida de seus consumidores. A LG também investe em integração e traz novidades em eletrodomésticos, lavadoras e inclusive secadoras de roupas que lêem as etiquetas das roupas e adaptam lavagens objetivando economia de recursos.

A Toyota diversificando seu core business lança o protótipo do Pilette, um vagão “camaleão” autônomo movido a energia verde com possibilidade de trabalhar 24 horas 7 dias na semana. De transporte de pessoas, a mercadorias, food trucks e quartos moveis a espaços de co-working. Qualquer atividade que necessite de espaço ou movimento pode ser realizada pelo Pilette somente customizando seu interior. A promessa é solucionar problemas de logística e distribuição do varejo.

Imagina que um festival se forma e desmonta em questão de horas. Vários desses “vagões” se transformam em palcos, os de transporte de pessoas se juntam aos de transporte e elaboração de alimentos, toda estrutura necessária já chega montada. Ele também se acopla por GPS e minutos após a finalização de uma tarefa os Pillettes se fecham e seguem para a próxima.

Hoje começa a feira e 3000 produtos tecnológicos devem ser lacados nos próximos 3 dias. Simultaneamente tem os fóruns de esporte, saúde, beleza e publicidade, tudo junto e misturado nesta Torre de Babel Tecnológica.

(*) Natasha de Caiado Castro é sócia e CEO da Wish, nossa colaboradora especial direto de Las Vegas.

 

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