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Web 3.0: o que é e o que muda em relação à Web 2.0?

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Web 3.0: o que é e o que muda em relação à Web 2.0?

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12 de abril de 2023 - 17h00

Com os avanços da tecnologia e as inovações mundiais, a Web 3.0 é uma nova tendência que afetará como as pessoas se relacionam com outras por meio da internet. Ela é a terceira fase da web e uma transição da Web 2.0.

Sua principal característica é a descentralização, gerida pela tecnologia blockchain para trazer mais segurança na privacidade dos usuários. Assim, eles podem controlar os dados pessoais que as plataformas e sites têm acesso na internet.

Assim, como nas outras fases da web, a experiência de navegação se transformou no decorrer dos anos e trouxe várias características diferentes e atualizações.

Dessa maneira, a Web 3.0 já mostra indícios das transformações que trará para a internet e os usuários.

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O que é a Web 3.0 e como surgiu esse conceito?

A Web 3.0 é a terceira atualização da internet e a próxima fase da Web 2.0, com foco na evolução da web e internet que é construída sobre os conceitos centrais de descentralização e maior atuação do usuário.

Assim, ela tem três grandes conceitos:

       – descentralização (independência de bancos e órgãos governamentais);

       – abertura e fortalecimento do mundo digital por meio da confiança;

       – maior atuação do usuário e privacidade para evitar a exposição dos seus dados pessoais.

Com ela, os conceitos na Web 1.0 passam a ser questionados, como a autoridade de páginas de internet e veículos de imprensa. 

Além disso, as redes sociais tinham um protagonismo maior na Web 2.0, pois agora elas têm um caráter de dependência social.

Como foi a evolução da Web ao longo do tempo?

O criador do World Wide Web, Tim Berners-Lee, 20 anos atrás, já esperava que surgisse uma Web 3.0. Ela seria a época que os computadores saberiam o sentido dos conteúdos, ao mesmo tempo, eles e os humanos trabalhariam juntos.

Assim como Tim, vários outros especialistas tentaram prever a chegada da nova fase, entretanto o seu desenvolvimento depende de muitos fatores, o que dificulta a sua previsão.

Compreenda como foi a evolução da web a seguir:

Web 1.0

A Web 1.0 é dos anos 1980 e 1990, período em que a internet era passiva e semelhante ao rádio ou à televisão. Era a época das páginas estáticas e sites que eram utilizados por empresas para transmitir informações.

Normalmente, os sites tinham poucas imagens e combinações de cores incertas, além de ter um aglomerado de textos e hiperlinks estáticos. Além disso, criar uma página na internet era caro, complicado e ainda inacessível para praticamente todas as pessoas.

Vale ressaltar que os principais produtores de conteúdo da época eram as empresas e os veículos de comunicação.

Web 2.0

A Web 2.0 é a segunda versão da internet, que começou no ano 2000, onde os usuários deixaram de ser passivos e começaram a divulgar informações e criar conteúdos online.

Assim, as pessoas se tornaram produtoras de conteúdo, com foco no lado social e colaborativo. Além disso, se preocupavam em integrar com o público e não apenas assistir de fora, com a chegada das redes sociais.

Evolução da Web ao longo do tempo

Imagem: Freepik

Com isso, ocorreu a disseminação dos blogs, comentários, redes sociais e aplicativos, como MSN, Orkut e mIRC, que marcaram presença na época, principalmente no Brasil. Enquanto isso, o Facebook e MySpace já apareciam em outros países.

É importante destacar que o comércio online teve um desenvolvimento rápido junto com o compartilhamento, o que aproveitou o movimento de levar o usuário para dentro do mundo virtual. 

No caso da Uber e do Airbnb, ocorreu a descentralização dos serviços, o que fez com que o transporte público fosse repartido entre diversos aplicativos de locomoção nas cidades. 

Quais as principais diferenças da Web 3.0 para a Web 2.0?

A Web 2.0 trouxe inovações importantes, como as redes sociais e a integração no meio digital pelas empresas e pessoas. Ela funcionou como uma porta de entrada para o alcance da internet para muitos segmentos e pessoas.

Já Web 3.0, tem maior controle sobre a privacidade do usuário e possibilita que a produção de conteúdo seja feita por qualquer peça que estivesse na internet, como infraestrutura de dados e softwares. 

Além disso, trouxe mais privacidade para o usuário e maior autonomia na sua decisão.

Ela é muito menos hierárquica e horizontal, além de transformar a maneira como as pessoas interagem em relação às experiências de realidade virtual, como o metaverso.

Principais características dessa nova era

Saber o que é o conceito de Web 3.0 é essencial para entender as suas principais características e como ela impactará o mundo. Ela será baseada na descentralização e na confiança do usuário de uma empresa. 

Com isso, novas tecnologias podem surgir, como a realidade virtual e o metaverso.

Descentralização

Normalmente, o protocolo HTTP é utilizado pelos computadores para encontrar as informações que são armazenadas em servidores locais fixos.

Com a descentralização, que é uma das principais características da nova fase, as informações são armazenadas em vários locais, o que descentraliza o controle sobre os dados.

A tecnologia utilizada é a blockchain que armazena os dados em blocos elimina a necessidade de um intermediador.

Grandes empresas que centralizam uma enorme quantidade de informações nos seus bancos de dados podem ter a dinâmica alterada, por causa da Web 3.0, como Facebook e Google, por exemplo.

Pois, quando as redes de armazenamento de dados são descentralizadas, o usuário passa a ter o controle sobre todas as suas informações.

Machine learning

Machine learning significa aprendizado de máquina e se refere à capacidade dos sistemas de computação em aprender com as suas próprias experiências. Ele é um ramo da inteligência artificial, onde os processos podem ser elaborados sem a interferência humana.

Os softwares de processamento de dados são um exemplo atual que ficam mais eficientes para encontrar dados, conforme processam mais informações com resultados mais rápidos. Além disso, os algoritmos trabalham em conjunto com o machine learning para aprender o que os humanos precisam e sabem.

Confiança direta

Principais características da Web 3.0

Imagem: Freepik

A Web 3.0 permitirá que os usuários interajam diretamente sem precisar de um intermediador e consigam fazer o monitoramento e controle dos dados compartilhados. Assim, eles têm uma relação mais segura e aberta que não depende das grandes empresas.

Realidade virtual e inteligência artificial

Um exemplo atual de ambiente virtual que proporciona uma experiência de imersão é o metaverso. Ele tem um espaço multidimensional, no qual cada pessoa cria um avatar para interagir com outras.

O mercado de NFTs pode ser uma das manifestações do metaverso, assim como várias empresas que querem vender o seu produto dentro do metaverso e games, como o Fortnite.

Segurança dos dados

A segurança dos dados é um dos temas mais importantes com a evolução da tecnologia. Com a Web 3, os usuários têm mais privacidade, pois os terceiros não terão acesso às suas informações. Isso também evita o rastreamento dos dados pessoais.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, tem como finalidade proteger o direito à liberdade, privacidade e livre desenvolvimento dos cidadãos. Ela trouxe ainda mais segurança para uma navegação e interação segura na internet.

Para isso, as empresas precisam adaptar os seus processos referente à privacidade dos usuários e se manter em conformidade com a legislação.

O que esperar da Web 3.0? Confira exemplos

A Web 3.0 terá o usuário como protagonista, no qual as empresas precisam se conectar com o usuário e criar estratégias com base na confiança para conseguir atraí-los.

Confira alguns exemplos:

Criptomoedas

Um dos principais exemplos de aplicação da tecnologia blockchain são as criptomoedas, que são moedas digitais e podem ser utilizadas para comprar bens e serviços. 

Elas são uma forma popular de investimento sem precisar ser emitida por uma autoridade financeira central.

As principais características das criptomoedas são:

      – liberdade de pagamento;

      – taxas baixas ou isentas, porque são digitais;

      – segurança, pois os pagamentos podem ser feitos sem que seja preciso vincular as informações pessoais; 

      – volatilidade;

      – transparência que faz com que todas as ofertas de unidades das criptomoedas fiquem disponíveis na blockchain e qual pessoa pode acessar.

Segundo a pesquisa “O fenômeno cripto: atitudes e usos do consumidor”, realizada pela Visa, em parceria com a LRW, 38% a 44% de pessoas consideram o mercado de criptomoedas um recurso financeiro para o futuro. 

Assistentes de voz

Alexa e Siri são exemplos de assistentes de voz, que com a tecnologia de big data e processamento de linguagem natural estão se aperfeiçoando, o que os deixam com funcionalidades mais versáteis e amplas.

Os assistentes de voz possibilitam vários recursos que facilitam a rotina das pessoas, como informações de tempo e de trânsito. Eles podem ser integrados em dispositivos localizados nas casas e programados com a voz do morador.

Com isso, eles garantem mais agilidade para realizar diversas tarefas e mais comodidade para os moradores.

Metaverso

O metaverso é um mundo virtual que proporciona um espaço multidimensional, no qual as pessoas podem interagir umas com as outras, por meio do avatar. Ele possibilita que elas possam visitar lugares, conversar com amigos e familiares distantes e comprar em lojas.

O que esperar da Web 3.0?

Imagem: Freepik

Entretanto, isso é mais que virtual, pois várias empresas físicas da moda, mercados e restaurantes devem passar a comercializar ativos digitais

É o caso das Lojas Renner, que se tornou parceira do Fortnite e inaugurou um ponto de venda dentro do jogo. Outras marcas também já vem criando presença nesses ambientes virtuais.

Além disso, ainda temos a NIke que criou a Nickelodeon, que é uma plataforma do game Roblox e depois adquiriu uma startup especializada em NTFs de moda.

NFTs

Non-fungible token traduzido do inglês significa token não fungível é NFT, que é um tipo de ativo criado com a tecnologia blockchain para certificar a autenticidade e a exclusividade de um item.

Um token é a representação digital de um ativo, como dinheiro, e os bens fungíveis são os que substituem outros da mesma espécie. Assim, o NFT é a representação de um único item exclusivo, que pode ser digital ou físico.

Com a Web 3.0, o NFT se tornou popular no metaverso, com a representação de produtos virtuais, como roupas, artes digitais e recursos de games.

Quais são os desafios a serem enfrentados na Web 3.0?

Um dos maiores desafios que a Web 3.0 enfrenta é não ter garantia que a nova tecnologia possa se tornar homogênea, mesmo que faça todo sentido utilizar a tecnologia blockchain para descentralizar o controle dos dados e ter mais autonomia aos usuários.

Além disso, se a descentralização for disseminada, além de dificultar a regulamentação e a fiscalização, a Web 3.0 precisará combater os crimes cibernéticos, pois podem surgir mais compartilhamento de fake news e golpes virtuais, por exemplo.

Vale ressaltar que a falta de controle e monitoramento sobre os dados é um dos principais desafios da nova fase, ao mesmo tempo, que garante a segurança dos usuários.

Resumo do tema

A Web 3.0 é uma evolução das duas fases anteriores e está em processo de transição, o que pode demorar alguns anos. Entretanto, já faz parte da realidade, ainda que o acesso a todos os recursos tecnológicos estejam longe de ser acessíveis a boa parte da população.

Ela  promete ser menos dependente de empresas e oferece controle de informações, no qual os usuários podem permitir que as suas informações possam ser compartilhadas onde quiserem e desejam.  

Com isso, tem a intenção de fortalecer os rastreamentos e monitoramento de atividades digitais, além do usuário navegar pelos sites sem que apareçam os anúncios e nem precisar armazenar os seus itens digitais em serviços de terceiros.

Portanto, a Web 3.0 tem vários benefícios para oferecer e desafios que devem ser enfrentados para que a internet proporcione ainda mais conforto e segurança para todos os usuários.

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