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Como funcionam as criptomoedas? O que são e como são usadas

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Como funcionam as criptomoedas? O que são e como são usadas

Descubra como funcionam criptomoedas, como empresas podem usá-las em suas estratégias e veja exemplos de marcas que utilizam moedas virtuais

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1 de novembro de 2022 - 17h00

Como funciona criptomoeda

Imagem: Shutterstock

As moedas digitais, como Bitcoin e Ether, ganham cada vez mais popularidade, principalmente devido às promessas da web 3.0 e da ascensão do metaverso. No entanto, ainda hoje, poucas pessoas sabem como funciona a criptomoeda.

Esses ativos utilizam criptografia e tecnologia blockchain para garantir a validade das transações, bem como para controlar a criação de novas unidades.

Outra característica é que são descentralizadas, o que significa que não estão sujeitas ao controle do governo ou de instituições financeiras para serem emitidas. 

Além de serem negociadas em exchanges, bancos e corretoras, as moedas virtuais já podem ser usadas na compra de bens e serviços ao redor do mundo. Inclusive, a tendência é que sejam cada vez mais aceitas como um meio de pagamento.

Como qualquer tipo de investimento, as criptomoedas também possuem um determinado grau de risco. Ainda assim, muitas pessoas e empresas acreditam que é uma oportunidade de investimento promissora.

Mas será que é realmente vantajoso? Para descobrir, é preciso primeiro entender o que é e como funciona a criptomoeda.

O que é criptomoeda?

De forma simplificada, a criptomoeda é um ativo digital que utiliza uma codificação com base em criptografia para realizar e rastrear transações. É um dinheiro inteiramente virtual, ou seja, não existe moeda ou cédula física.

Ao contrário das moedas tradicionais, essas ativos operam sem uma autoridade central ou instituição reguladora, que tem como responsabilidade gerenciar o fluxo de dinheiro.

Além disso, é possível comprar, enviar e receber criptomoedas sem necessidade de um intermediário, como bancos ou emissores de cartão de crédito. Por essas razões, são consideradas descentralizadas. 

No entanto, ainda que sejam descentralizadas, muitos países já estão regulamentando o mercado cripto para conferir maior segurança aos investidores.

No Brasil, por exemplo, foi criado o Projeto de Lei (PL) 3.825/2019 para estabelecer regras na comercialização de criptoativos, além de proteger o consumidor e combater crimes financeiros. Porém, até o momento, o projeto ainda não foi aprovado, mas a expectativa é que a aprovação ocorra em breve.

No vídeo abaixo, Vinicius Bazan, da Empiricus, e Juliana Facklmann, do Mercado Bitcoin, explicam como funciona a criptomoeda, quais suas vantagens e como as marcas estão explorando esse mercado:

Como funcionam as criptomoedas?

Para entender como funciona criptomoeda, primeiro é preciso saber o que é blockchain. Basicamente, é um banco de dados que registra e verifica todas as transações feitas com ativos digitais.

Isso significa que as informações referentes às transações são armazenadas em uma rede descentralizada de computadores, e não em um servidor central. É nesse sistema onde ficam registrados os números das transferências e saldos de carteiras, por exemplo.

Além disso, as informações pessoais não ficam vinculadas à operação, o que permite realizar transferências de forma anônima.

Já a criptografia é utilizada para emitir unidades de moedas digitais e, assim, garantir transferências seguras.

Essa tecnologia também protege os dados armazenados na blockchain de ataques cibernéticos e outras fraudes, além de impedir que ativos digitais sejam clonados ou falsificados.

Além de serem consideradas um tipo de investimento, as criptomoedas estão sendo cada vez mais aceitas como uma forma de pagamento ao adquirir produtos e serviços, especialmente nos Estados Unidos e em países da Europa.

Como funcionam as criptomoedas

Imagem: Shutterstock

Criptomoedas mais conhecidas

Atualmente, existem milhares de criptomoedas em circulação no mercado, além do famoso Bitcoin. A seguir, confira as principais:

Bitcoin

Criado em 2008, o Bitcoin foi a primeira moeda digital do mundo e funciona até hoje sem interrupções. 

Seu criador, sob pseudônimo Satoshi Nakamoto, desenvolveu o ativo digital com objetivo de ter algo descentralizado que pudesse operar sem um banco central ou administrador único como uma resposta à crise de 2008. 

Atualmente, é a principal moeda digital em circulação e tem o maior valor de mercado. E ainda que seja uma moeda sem lastro, é cada vez mais aceita por empresas e instituições.

Litecoin

Litecoin, lançada pela em 2011, é uma moeda digital criada por Charlie Lee, um ex-funcionário do Google. 

Assim como o Bitcoin, ela opera utilizando a tecnologia blockchain, o que permite transações seguras e anônimas. Também pode ser usada para pagar por bens e serviços ou negociada em trocas por moeda tradicional.

O grande diferencial é que qualquer pessoa pode participar do processo de desenvolvimento de novas unidades. É uma moeda virtual mais fácil e acessível à população.

 Além disso, também possui um tempo de processamento de transações menor. Em comparação com o Bitcoin, a moeda é capaz de processar blocos quatro vezes mais rápido.

Entretanto, a adoção geral da moeda é mais baixa e seus preços são altamente voláteis.

XRP (Ripple)

O Ripple é um sistema de liquidação bruta em tempo real, câmbio de moedas e rede de remessas. 

Lançada em 2012, a rede foi projetada para ser uma alternativa mais eficiente e econômica às transferências bancárias tradicionais, principalmente internacionais.

A tecnologia permite a transferência quase instantânea e segura de fundos ao conectar provedores de pagamento, bancos e empresas.

A moeda nativa da plataforma é o XRP. Embora não tenha sido criada para o consumidor final, o criptoativo é aceito como uma forma de pagamento ágil e de baixo custo.

Ethereum

A Ethereum é uma plataforma descentralizada e de código aberto para executar contratos inteligentes e aplicações sem centralização.

Foi lançada em 2015 por Vitalik Buterin, um programador e pesquisador de criptomoedas. A moeda da plataforma, Ether, serve como combustível para a execução desses contratos e aplicações inteligentes.

Os contratos podem variar de trocas financeiras, sistemas de votação e registros de nomes de domínio. 

Ao contrário do Bitcoin, o Ethereum permite que os usuários criem seus próprios programas na rede, o que leva a uma grande variedade de usos e aplicações potenciais.

A Ether se tornou um dos ativos digitais mais populares e continua a crescer tanto em valor, quanto em popularidade. Atualmente, é a segunda criptomoeda mais valiosa do mercado.

As criptomoedas mais conhecidas

Imagem: Shutterstock

Como acontece a compra e a venda de criptomoedas?

Quem deseja ingressar no mercado cripto, além de entender como funciona criptomoeda, também deve saber como ocorre a compra e venda desses ativos.

A transação acontece por meio de troca, seja ao negociar dinheiro tradicional por criptomoedas a valor de mercado ou, então, ao cambiar um tipo de ativo por outro. Por exemplo, utilizar reais para adquirir moedas digitais ou trocar Bitcoins por Ethers.

No entanto, nem todas as operações permitem que indivíduos comprem e vendam ativos digitais usando moedas tradicionais. Algumas vezes, é possível negociar apenas com tipos específicos de criptomoedas.

Tudo ocorre em tempo real e os pacotes são feitos por meio de licitações de preços de compra e venda, seguindo a lei de oferta e demanda, semelhante às negociações nas bolsas de valores.

Todas as operações de criptoativos são virtuais e as moedas são transferidas de pessoa para pessoa, sem necessitar de nenhum intermediário ou banco. 

Os dados do vendedor e do comprador são mantidos em sigilo por meio de criptografia, o que garante a segurança e a integridade das informações.

Mas, ainda que os dados sejam anônimos, todas as transações podem ser rastreadas e as informações ficam armazenadas na blockchain, de forma pública e permanente.

Já para realizar esse tipo de operação, é necessário ter uma conta em exchanges, que são corretoras específicas do mercado cripto. Alguns exemplos são: Mercado Bitcoin, Binance, Coinbase e NovaDAX. 

O que é mineração de criptomoedas?

A mineração de moedas virtuais também é um conceito importante quando se fala sobre o funcionamento das criptos. 

Trata-se de um processo que tem como objetivo verificar e incluir as transações de criptoativos na blockchain, o banco de dados que registra as movimentações dos usuários. 

Essa ação é feita por mineradores de moedas virtuais, que são pessoas ou empresas que utilizam hardwares e softwares especializados para resolver problemas matemáticos complexos e confirmar essas transações em troca de criptomoedas.

Para simplificar: 

– o usuário envia uma criptomoeda ou parte dela para outra pessoa;

– essa transferência é registrada na blockchain dentro de um bloco;

– quando o bloco fica cheio de transações, deve ser selado com um identificador, que funciona como um cadeado, chamado de hash;

– o minerador é o responsável por colocar esse hash e, assim, manter o sistema.

Logo, a mineração desempenha um papel crucial na manutenção da segurança e integridade da blockchain.

À medida que crescem as movimentações financeiras de criptoativos, a necessidade de mineração aumenta e os problemas matemáticos se tornam mais difíceis, o que exige mais poder de computação.

Como as empresas podem utilizar as criptomoedas?

Em 2021, o mercado cripto atingiu US$ 3 trilhões em capitalização, segundo estudo da Coingecko. Esse número é três vezes maior do que o valor de todas as empresas presentes na bolsa de valores brasileira.

O crescimento expressivo desperta o interesse das empresas, que entram na corrida virtual para começar a investir em criptomoedas e outras tecnologias.

Diversas marcas já se preparam para aderir a esse novo modelo de negócios. O McDonald’s, por exemplo, já possui uma unidade em El Salvador que aceita pagamentos por moedas digitais.

Isso significa que, após entender como funciona a criptomoeda, o próximo passo é descobrir como as empresas podem se beneficiar com esse recurso.

Uma das estratégias mais simples é permitir que os clientes façam pagamentos com moedas digitais. Isso pode aumentar as opções de pagamento disponíveis para os consumidores, o que ajuda a atrair uma base de clientes maior e mais diversificada.

Ainda há a vantagem de eliminar intermediários financeiros, já que o modelo de pagamento funciona de forma Peer to Peer (P2P), o que permite taxas mais baixas e transações mais rápidas para compradores e vendedores.

Além disso, diminuição dos riscos de fraude, custos reduzidos e aumento da segurança são outros pontos positivos ao aceitar esse método como meio de pagamento.

Outra opção é investir em moedas virtuais de maneira estratégica, já que elas têm um potencial de crescimento significativo em longo prazo.

No entanto, vale ressaltar que as criptomoedas ainda possuem riscos devido à sua natureza altamente volátil. Portanto, é importante estudar cuidadosamente as opções antes de tomar qualquer decisão.

Já as empresas que pretendem entrar no metaverso devem ficar de olho nas criptomoedas desse universo. Por lá, diversas transações financeiras só podem ser feitas por meio de moedas digitais.

Empresas que já utilizam criptomoedas

Muitas empresas começaram a incorporar as criptomoedas em seus negócios. Um exemplo é a BTG Pactual, que foi pioneira no setor bancário a ingressar no mercado cripto. 

A empresa, considerada o maior banco de investimentos da América Latina, desenvolveu uma plataforma exclusiva para que seus clientes negociem moedas digitais.

Já a Even foi a primeira construtora a aceitar pagamentos por meio de criptomoedas no Brasil. Desde a decisão, a companhia faturou mais de R$ 1 milhão em pagamentos feitos por meio de ativos digitais.

Outro exemplo é a plataforma de mídia social, Twitch, popular entre os gamers, que permite que os usuários utilizem o Bitcoin para comprar cartões-presente e jogos em seu website.

Além disso, alguns estabelecimentos físicos também começaram a aceitar moedas criptografadas como meio de pagamento. Além do Mc Donald’s, que já citamos, Pizza Hut e Starbucks já permitem que os clientes paguem usando ativos digitais.

Resumo do tema

As criptomoedas, como Ether, Litecoin e Bitcoin, são moedas digitais que usam criptografia e blockchain para garantir a integridade e segurança das transações, além de controlar a criação de novas unidades.

Uma de suas principais características é que são descentralizadas, o que significa que não estão sujeitas ao controle do governo ou de instituições financeiras.

Por oferecer diversas vantagens às empresas, como redução de custos, transações mais rápidas e maior segurança, esse tipo de ativo digital passou a ser mais utilizado pelas marcas, seja como meio de pagamento ou de investimento de médio a longo prazo. 

Entretanto, é importante ressaltar que as moedas digitais ainda são voláteis e há riscos, assim como qualquer tipo de investimento ou estratégia empresarial.

Portanto, as empresas devem estudar cuidadosamente suas opções antes de tomar qualquer decisão, além de entender a fundo como funciona criptomoeda.

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