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Setor financeiro investe US$ 327 milhões em mídia na AL

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Setor financeiro investe US$ 327 milhões em mídia na AL

Investimentos de bancos, fintechs, corretoras e carteiras digitais em marketinbg digital geraram 16,9 bilhões de impressões

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28 de maio de 2025 - 6h03

Setor financeiro investe US$ 327 milhões em mídia na AL (Crédito: NicoElNino/Shutterstock)

Setor financeiro investe US$ 327 milhões em mídia na AL (Crédito: NicoElNino/Shutterstock)

Nos últimos meses, o setor financeiro da América Latina deu mais um salto na transformação digital.

É o que revelam os dados da Admetricks, os quais destacam que, entre bancos, fintechs, corretoras e carteiras digitais, os investimentos em mídia digital na AL somaram US$ 327 milhões no primeiro trimestre deste ano, com 16,9 bilhões de impressões.

O volume expressivo reforça mudança de mentalidade no setor, que passou a tratar os canais online não apenas como suporte, mas também como protagonistas das estratégias de crescimento.

De fato, o avanço é mais profundo do que parece, afirma o diretor da US Media Performance, Rafael Magdalena.

Financeiro ampliou investimentos na pandemia

O aumento do investimento em mídia digital representa virada estratégica iniciada na pandemia, quando a digitalização dos serviços financeiros ganhou impulso e levou bancos e fintechs a priorizarem canais digitais para a aquisição de clientes.

“As carteiras digitais, por exemplo, evoluíram para bancos completos, disputando espaço com instituições tradicionais, especialmente no segmento de crédito”, diz o diretor da US Media.

E acrescenta: “Esse movimento teve como objetivo facilitar o acesso a diversos usuários em regiões onde o custo de um estabelecimento físico talvez fosse inviável.”

Além disso, diz, aumentou muito a possibilidade de oferecer serviços a um número maior de pessoas, com custos mais baixos.

Para Magdalena, no Brasil, esse crescimento ocorreu pela competitividade, principalmente com a chegada de diversos neobancos, carteiras digitais e, claro, com a popularização do Pix.

Setor financeiro: canais digitais são protagonistas

Assim, a liderança se reflete também nos investimentos em mídia.

Levantamento da Appsflyer, de fato, reforça que o setor financeiro liderou os aportes em mídia na região em 2024, totalizando US$1 bilhão.

O que significa quase três vezes mais do que o segundo colocado, o setor de games.

No México, a vertical se destacou como líder nos investimentos voltados à aquisição de usuários.

Ainda, outra previsão é que o mobile banking ultrapasse 3,6 bilhões de usuários no mundo até o fim deste ano.

Dessa forma, para o porta-voz da US Media, a presença online deixou de ser acessória e passou a ocupar o centro das ações de aquisição.

Orçamentos de marketing

Questionado sobre como essa virada impacta a estruturação dos times e orçamentos de marketing, Magdalena explica que as equipes são pensadas como ecossistemas integrados, com orçamentos dinâmicos e métricas que capturam o valor real de cada ponto de contato na jornada do cliente.

“O setor, que antes era mais conservador, adota metodologias ágeis, como squads, e orçamentos flexíveis. Muitos até migraram para o Zero-Based Budgeting (ZBB), onde cada real investido precisa ser justificado com base em resultados”, reflete.

Ainda, comenta que não se trata apenas de separar verba entre branding e performance.

“A grande virada está em entender o papel de cada canal no funil e redistribuir orçamentos com base em atribuição multicanal”afirma.

Por exemplo, anúncio no YouTube pode não converter diretamente, mas é essencial para educar o cliente antes de uma campanha de retargeting.

Campanhas mais estratégicas

O movimento também traz impactos diretos na forma como as campanhas são estruturadas.

Dessa forma, estratégias baseadas em dados primários, segmentações mais refinadas e tecnologias de performance permitem ações altamente direcionadas, o que eleva os resultados em toda a jornada.

Ainda, de acordo com dados da Adjust, o desempenho digital do setor financeiro cresceu 27% globalmente em 2024.

Na América Latina, o número de sessões em apps aumentou 50% e as instalações, 29%.

“Não vejo isso como tendência futura, e sim como movimento que já está em curso — algo semelhante ao que observamos em outros setores que tiveram aceleração de crescimento, com aumento da concorrência. Trata-se de crescimento saudável, com foco em rentabilidade”, aponta.

Para o executivo, algumas empresas, no início, priorizam a expansão da base de clientes para, só depois, buscar rentabilidade.

“E o que percebemos é que essa busca pela rentabilidade ganha força entre as empresas do setor financeiro”, avalia.

Magdalena afirma que é por isso que se observa número maior de campanhas focadas em produtos específicos e alocação mais estratégica do orçamento entre aquisição e retargeting.

 

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