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Opinião

O efeito Taylor Swift

A grande expectativa para 2024, no entanto, será acompanhar o papel de Taylor Swift nas eleições americanas, pois um em cada três republicanos acredita em um esquema secreto, no qual a cantora e toda a audiência ao seu redor estão favorecendo Joe Biden, candidato que recebeu o apoio de Taylor nas últimas eleições

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29 de fevereiro de 2024 - 15h09

Para todos os profissionais de marketing, educadores da área, consultores especializados, produtores de entretenimento, influenciadores, jornalistas, assessores de imprensa, profissionais de relações públicas, estrategistas políticos e áreas similares, alguns fenômenos surgem e mudam o curso das coisas, pois nada permanecerá como era antes.

No século passado, Pelé foi um desses fenômenos e, agora, no século 21, Taylor Swift é um novo estudo de caso. Se a palavra “influenciadora” precisasse ser personificada, com certeza sua definição seria Taylor Swift.

A jovem cantora exerce uma influência global sobre o comportamento dos jovens, a indústria do entretenimento e, surpreendentemente, até mesmo sobre o cenário político das próximas eleições americanas. Seus números são impressionantes.

Nascida em Reading, Pensilvânia, mudou-se para Nashville, Tennessee, aos 13 anos. Aos 14, Taylor tornou-se a compositora mais jovem a assinar um contrato com a Sony Music. No ano seguinte, firmou contrato com a Big Machine Records e lançou seu primeiro álbum aos 16 anos, em 2006.

Ela é a artista mais ouvida do mundo, com 26 bilhões de streams. O Spotify revelou em sua retrospectiva musical que Taylor Swift foi a artista mais ouvida do mundo em 2023. De janeiro até o final de novembro, suas músicas foram reproduzidas mais de 26 bilhões de vezes.

Embora ela não divulgue dados sobre sua turnê, a publicação Pollstar estima que Swift esteja vendendo US$ 14 milhões em ingressos a cada noite. Ao final da turnê, com shows programados em 146 estádios até 2024, Swift pode atingir a marca de US$ 1,4 bilhão ou mais em vendas. Se isso acontecer, ela ultrapassará o recorde de Elton John em sua turnê de despedida, que arrecadou US$ 939 milhões.

Taylor Swift impulsiona até mesmo as economias locais nos Estados Unidos, conforme afirmou o Banco Central americano. O Federal Reserve da Filadélfia anunciou que as apresentações da cantora na cidade aumentaram as receitas da rede hoteleira pela primeira vez desde o início da pandemia de coronavírus, em 2020. Essa declaração foi feita no Livro Bege, documento lançado oito vezes ao ano pelo Fed, que resume a situação econômica das cidades de todos os EUA.

As autoridades escreveram: “Apesar da lenta recuperação do turismo na região em geral, um contato destacou que maio foi o mês mais forte para a receita hoteleira na Filadélfia desde o início da pandemia, em grande parte devido ao influxo de convidados para os shows de Taylor Swift na cidade”. No Brasil, o efeito foi semelhante, com caravanas indo para o Rio e São Paulo durante os shows em 2023.

Na final da NFL, em fevereiro deste ano, a euforia em torno do namoro de Taylor com Travis Kelce, jogador do Kansas City Chiefs, gerou cerca de US$ 331,5 milhões em valor de marca para a NFL e o Kansas City Chiefs, com cobertura em mídia impressa, digital, rádio, televisão e redes sociais, de acordo com dados do Apex Marketing Group publicados pelo site Front Office Sports.

A grande expectativa para 2024, no entanto, será acompanhar o papel de Taylor Swift nas eleições americanas, pois um em cada três republicanos acredita em um esquema secreto, no qual a cantora e toda a audiência ao seu redor estão favorecendo Joe Biden, candidato que recebeu o apoio de Taylor nas últimas eleições.

Enfim, não sabemos quem será o próximo presidente dos Estados Unidos, mas na monarquia do show business, a nova rainha já está coroada.

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