Startups estimulam o crescimento de venture debt
Levantamento da Distrito comprova que no primeiro trimestre elas investiram US$ 317 milhões
Startups estimulam o crescimento de venture debt
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Valeria Contado
18 de maio de 2023 - 6h03
Venture debt, ou dívida de risco, traduzido para o português, acontece quando uma venture capital investe dinheiro em numa empresa ou startup. Nesses modelos, os investidores aplicam os seus recursos em companhias de alto potencial.
Com essa modalidade de empréstimo, uma empresa no estágio inicial consegue escalar suas operações. Esse tipo de iniciativa também gera facilidade e liquidez na obtenção de recursos. “Com a fonte de recursos mais escassa, diversos empreendedores recorreram à dívida como forma de compor caixa e manter as operações”, explica Eduardo Fuentes, head of research da Distrito.
Fuentes diz ainda que, ao passo em que o mercado capital de risco esfriou, as captações de dívidas se tornaram alternativas para o financiamento. Isso acontece por conta de alguns benefícios, como ampliação dos fluxos de caixa sem a diluição dos fundadores e investidores, e a possibilidade de evitar um possível “down-round” (quando a startup capta nova rodada de investimentos com valor de mercado inferior à última).
Essa é uma forma que as empresas encontraram de garantir recursos financeiros. É por esse motivo que as startups, em busca de superar a crise financeira vivida pelos meios tecnológicos atualmente, estão impulsionando o crescimento de venture debt no Brasil.
Segundo levantamento da Distrito, no primeiro trimestre, essas empresas desembolsaram US$ 317 milhões para essa modalidade, que foi o maior volume da história. Com isso, o volume da dívida teve queda de 86% no comparativo anual, somando US$ 247 milhões.
Mas o executivo faz um alerta. “Por outro lado, levantar capital por este meio também exige dos fundadores maior diligência financeira, além das obrigações de pagamento do montante principal do empréstimo em determinado período de tempo específico”.
Em comparação ao ano passado, por exemplo, o investimento em dívida das startups somou US$ 563,9 milhões no ano todo. Isso mostra maturidade do mercado em relação a esse tipo de investimento, como avalia o head.
“O mercado de dívida no Brasil já estava em desenvolvimento ao longo dos últimos anos, mas teve um salto no desenvolvimento, recentemente, principalmente devido à alteração do cenário macroeconômico, tanto no Brasil quanto no resto do mundo”.
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