AI no SXSW 24

15 de março de 2024 - 19h41

Sem dúvida nenhuma, no SXSW 2024, a inteligência artificial (AI) foi o tema da vez, sendo abordado em uma variedade de painéis e sessões, nos mais diversos contextos. Com tantos conteúdos, aqui vão alguns dos principais aprendizados sobre AI que eu consegui acompanhar durante esses dias no evento:

1. Humanização da AI: Foram inúmeras as sessões provocando reflexões sobre essa temática. Algumas das palestras que assisti, enfatizaram a importância de usar a AI para enriquecer as conexões humanas, em vez de substituí-las. A ideia é que ela possa se tornar uma ferramenta para facilitar interações mais significativas e autênticas.

2. AI e Criatividade: Discussões em painéis como “Visual (R)evolution: How AI is Impacting Creative Industries” destacaram como a AI está transformando as indústrias criativas, desde a música até as artes visuais. A utilização da AI não apenas automatiza tarefas, mas também é uma parceira na criação, oferecendo novas maneiras de expressão artística.

3. Ética e Responsabilidade: Ponto alto das discussões, sem dúvida nenhuma, giraram em torno da necessidade de abordagens éticas e responsáveis ao desenvolver e implementar tecnologias de AI. Painéis como “Beyond ChatGPT: What Will the Next Generation of AI Bring?” e “Tech for Good: AI’s Human Rights Challenge” discutiram a importância de considerar as implicações sociais da AI e de desenvolver tecnologias de maneira que respeitem os direitos humanos e promovam a equidade.

4. AI e Espiritualidade: Uma recomendação do Institute for Tomorrow, explorou a interseção entre AI e espiritualidade, sugerindo que a tecnologia pode oferecer novas maneiras de entender nossa existência e o universo.

5. Futuro do Trabalho: Outro ponto alto das discussões em torno da temática de AI está sem dúvida nenhuma relacionada ao futuro do trabalho. Sessões como “AI: Prosperity or Doom for Human Workforce?” focou em como a AI pode abrir novas oportunidades, mas também levantou questões sobre deslocamento de empregos e a necessidade de requalificação da força de trabalho.

6. Desafios e Oportunidades da AI: Painéis como “AI’s Renaissance: A Dynamic Shift for Business and Society” e “Why the Future of AI Should be Open” abordaram tanto os desafios quanto as oportunidades apresentadas pela AI. Os conteúdos incluíram como a AI pode impulsionar inovação em diversos setores, ao mesmo tempo em que destacou a importância de abordagens colaborativas e abertas para maximizar os benefícios da AI para todos.

7. AI e Democracia: A sessão “How Generative AI will Transform Media and Democracy” destacou o papel da AI na transformação da mídia e seu impacto potencial na democracia. A discussão focou em como essa tecnologia pode ser usada para fortalecer a democracia, mas também alertou sobre os riscos de desinformação e polarização.

8. Regulação de AI: Na sessão “Beyond Code: The Legal and Regulatory Matrix of AI” foi discutido com mais profundidade essa questão, assim como apresentados os pontos centrais que pautam essa discussão: Privacidade de Dados (Segurança); Algoritmos (Não-discriminação); Propriedade Intelectual; Liability; Transparência. Um ponto que me chamou atenção, é que com exceção da União Europeia, que recentemente aprovou no Parlamento Europeu o – EU AI Act – todos os outros países seguem sem ter um direcionamento muito claro no que tange a parte de regulação. Nos EUA, existe uma iniciativa do Governo Biden “White House Executive Order”, mas que ainda depende de uma discussão no Congresso sobre o tema.

Listei aqui apenas alguns pontos que me chamaram atenção, mas acredito que juntos eles refletem a complexidade e a amplitude do impacto da AI em nossa sociedade e o que vem por aí. O fato é que AI veio para ficar e temos como grande desafio abraçar essa nova tecnologia e entender a melhor maneira de fazer um bom uso dela daqui para frente.