Qual será o futuro da relação entre as marcas e a Geração Z?
Como a creator economy pode ser um meio para o mercado realmente compreender esse público-alvo
Como a creator economy pode ser um meio para o mercado realmente compreender esse público-alvo
18 de março de 2024 - 9h53
O SXSW está quase chegando ao fim e já me sinto animado para compartilhar com todos, principalmente com com pessoas da Geração Z e com as empresas que a minha consultoria atende, os ótimos insights que pude obter a partir dos painéis e palestras que tive a oportunidade de acompanhar ao longo desses dias.
O conteúdo trazido no evento afeta não apenas as organizações de forma direta, mas pessoas comuns, como nós que somos os consumidores dessas marcas. E se você faz parte da Geração Z e da Alpha, saiba que as atenções estão muito voltadas para as suas faixas etárias, que ditam tendências e são capazes de influenciar também.
No entanto, será que isso é algo positivo mesmo? O que pude perceber é que muitas marcas ainda nem conseguiram compreender a GenZ de fato, mas já estão focando na Gel Alpha, o que pode ocasionar problemas, visto que ainda não foi possível criar uma conexão completamente genuína com uma geração, imagine com outra tão nova.
Um ponto é claro: as duas gerações costumam se identificar com as marcas nos Estados Unidos. Pesquisa exibida no evento, durante a palestra de Joanna Piacenza, mostrou que 46% dos mais velhos da Geração Alpha pedem comida e lanches pelo nome das marcas, ou seja, o apontamento precisa ser considerado nas estratégias de marketing que atendam a esse público . Quanto podemos aterrizar isso nos países latinos?
O mesmo acontece com a Geração Z que também costuma se identificar com marcas que estão alinhadas com os seus valores e que prezam pela transparência com seus clientes. Ou seja, é necessário que o discurso e as ações da empresa que está tentando vender algo, seja um produto ou um serviço, estejam alinhados. Caso contrário, não irá funcionar. Não é só falar, mas fazer.
Outro apontamento, também exibido no SXSW, este do Socially Responsible Influencer Marketing: Is It Possible? indicou que uma pesquisa feita com consumidores sobre o que eles pensam do marketing de influência revelou que 60% dos entrevistados disseram que não comprariam de marcas que não seguissem os valores deles, principalmente, os mais jovens.
Então respondendo a pergunta que fiz nesse artigo: Qual será o futuro da relação entre as marcas e a Geração Z? Para que haja um futuro e uma relação é preciso primeiro entender o que cada público quer, suas divisões em comunidades, e consequentemente as particularidades de comportamento de consumo.
No painel From Viewers to Engaged Brand Community With Culture-Driven Content, os participantes explicaram que, geralmente, as melhores marcas do mundo possuem comunidades ao seu redor. Mesmo que não afirmem explicitamente que estimulam a criação de comunidades
As novas gerações vivenciam essas comunidades verdadeiramente. Marcas não conseguem se apropriar, no entanto podem fazer parte de conversas, e adentrar narrativas que favorecem negócios. Segundo um estudo da Battery, a GenZ procura conteúdos que a fazem sentir parte de uma comunidade, de modo genuíno e autêntico. O que demonstra a relevância das marcas entenderem cada vez mais as diferentes gerações, sem desejar ainda ser a protagonista e dona de conversas, como nas tradicionais estratégias de mídia do passado.
Compartilhe
Veja também
SXSW confirma Arvind Krishna, CEO da IBM, como primeiro keynote
Além do executivo da big tech, festival confirma nomes já veteranos da programação, como Amy Gallo e Rohit Bhargva
SXSW 2025 anuncia mais de 450 sessões
Pertencimento e conexão humana estão entre os principais temas da programação do evento, que conta com 23 trilhas de conteúdo