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Identidade sonora

Identidade sonora: o poder do som para criar conexão

Mastercard, McDonald's e Soundthinkers destacam como diretrizes sonoras fortalecem o vínculo imediato com o consumidor

i 25 de setembro de 2025 - 19h42

“Tudum”, “plim-plim” e “pa-ra-pa-pa-pa” são exemplos de como um som pode carregar consigo o peso da lembrança de marca. Independentemente de logotipos ou vozes, as sonoridades estão incrustadas na memória coletiva, capazes de evocar imagens, despertar curiosidade ou até abrir o apetite.

Segundo um levantamento da Veritonic, empresa norte-americana especializada em pesquisa e análise de áudio, 51% dos ouvintes afirmam que a identidade sonora de uma marca impacta mais suas emoções do que a identidade visual. Além disso, 64% dizem sentir-se mais conectados a marcas que mantêm consistência sonora em diferentes plataformas. Para 68% dos entrevistados, sons aplicados nos pontos de contato reforçam o vínculo emocional com a marca.

A estratégia sonora pode seguir dois caminhos: a criação de uma nova identidade para inaugurar conexões inéditas com o consumidor ou a adaptação de sons já consagrados, moldados a diferentes ocasiões.

Foi o caso da Mastercard, que em 2019 apresentou uma nova assinatura sonora alinhada ao marketing sensorial, buscando transmitir segurança e confiança em um cenário cada vez mais saturado de estímulos visuais. “A questão da estratégia multissensorial, não só da assinatura sonora, mas multissensorial, tem muito a ver com maior retenção, maior atenção, maior envolvimento do consumidor”, explica Taciana Lopes, vice-presidente de marketing e comunicações da Mastercard Brasil.

Já o McDonald’s lançou, em 2003, seu icônico “pa-ra-pa-pa-pá”, apresentado no single I’m Lovin’ It, de Justin Timberlake. A assinatura global tornou-se imediatamente reconhecível, prescindindo de recursos visuais. “Existem guidelines globais que orientam desde a duração mínima até a cadência dessa sonoridade. Trabalhamos para que seja mais do que um detalhe criativo: é uma forma estratégica de representar a marca”, afirma Guilherme Coe, head de brand growth da Arcos Dorados Brasil.

Ao Meio & Mensagem, executivos comentam a relevância do som na comunicação das marcas, enquanto Paulo Dytz, fundador e CEO da Soundthinkers, detalha os bastidores do processo criativo de uma identidade sonora.