Assinar

Side by side: O que acontece em paralelo ao evento

Buscar
Opinião

Side by side: O que acontece em paralelo ao evento

Apesar de toda a programação principal ser focada na Arena Altice, muitos negócios e parcerias são fechados nas ações que acontecem nos arredores de Lisboa


4 de novembro de 2022 - 6h39

Quem já participou dos grandes festivais de inovação do mundo sabe que muitas oportunidades acontecem em paralelo com o evento principal. No Web Summit não é diferente. Apesar de toda a programação principal ser focada na Arena Altice, local de 5.200 m2 que sedia o evento, muitos negócios e parcerias são fechados nas ações que acontecem nos arredores de Lisboa.

Diferente do SXSW, que tem programações por toda a cidade e hotéis da região central de Austin, no Texas, o Web Summit centraliza as ações, palestras e expositores na área da Altice Arena. Isso gera um desafio logo na chegada ao evento. Quem visita o local precisa enfrentar longas filas, de mais de uma hora, para conseguir ingressar no local. Como as ações são organizadas no mesmo espaço, uma entrada principal para as mais de 70 mil pessoas que compraram o badge do evento acaba se tornando caótico. Neste sentido, o SXSW ganha em organização, justamente por ter a programação espalhada por vários dos grandes hotéis de Austin, o que permite uma melhor distribuição do público presente.

Nesta primeira vinda a Lisboa para o Web Summit, percebi logo no primeiro dia de evento que grandes oportunidades de negócios acontecem também no paralelo ao evento principal. Isso ocorre desde os momentos de confraternização no fim do dia, os tão aguardados Happy Hours na região central de Lisboa, até as missões que organizam uma programação especial para grupos de executivos e inclui até mesmo visitas às empresas locais para conhecer cases e gerar negócios entre os países.

Se por um lado o setor privado enxerga grandes oportunidades de negócios no evento, com a presença de executivos e empreendedores de diversos países da Europa e demais continentes, o setor público também chega em peso no festival. Basta uma volta na área de expositores da Altice Arena para encontrar estandes de governos municipais e federal, como os espaços dedicados às prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro e o grande e imponente estande amarelo do Brasil, com o tradicional cheirinho de café para chamar o público para conhecer mais sobre o país e provar nossas caipirinhas no espaço. Outros países, como Holanda, Grã-Bretanha e Espanha, também estão aproveitando a oportunidade para promover seus destinos para turismo e negócios.

A prefeitura de São Paulo, por exemplo, trouxe uma comitiva para o Web Summit para explorar oportunidades de negócios com a cidade de Lisboa, como forma de facilitar a entrada de empresas brasileiras em Portugal e de portugueses em São Paulo. A iniciativa é apoiada pelo programa Inova SP, que visa gerar negócios em diversos setores, principalmente negócios digitais.

Outras instituições locais estão presentes no festival, e no side by side, para se conectarem com empresas dos diversos países presentes. A Digital Valley é uma das que apoiam o ingresso de empresas no país, com foco em negócios de games, facilitando desde o estabelecimento de um escritório em terras portuguesas até o auxílio para a construção de um bom pitch em busca de capital de investidores europeus e incentivos da União Europeia.

Com todas essas oportunidades que surgem logo no primeiro dia de evento, arrisco a afirmar que o Web Summit vai muito além de todo conteúdo riquíssimo e inspirador apresentado nas arenas oficiais. E quem participa do festival deve estar atento ao que acontece também nos arredores. No paralelo, muitas conversas interessantes para gerar novas oportunidades de negócios podem ser iniciadas.

Publicidade

Compartilhe