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Opinião

NÓSemMIM 

Será que minhas atitudes individuais podem transformar o espaço comum? 


19 de fevereiro de 2024 - 6h53

(Crédito: Obra Confidencial/Marilu Beer)

[1/12] série NÓSemMIM

…………………- pausa pra respirar – …………………………………………………… 

 

[2/12] série NÓSemMIM  

as pessoas e as inquietações que me (nos) habitam. 

 

Prazer!  

Pra quem não me conhece, saiba que é com muita seriedade, respeito e carinho que aceitei o convite de escrever aqui ao longo deste ano desafiador. (Pra quem me conhece… feliz em trocar por aqui também). 

 

NÓSemMIM é um lembrete da coexistência vital entre o eu individual e as conexões sociais e institucionais que permeiam nossa jornada. Uma síntese das influências que nos cercam e uma reflexão da interdependência entre “nós” e o eu interior que está em “mim”. É também sobre as inquietações, dilemas, dúvidas e perguntas que, emboladas, formam nós!  

Sim. Todo EU é cheio de NÓS (nos 2 sentidos).  

 

Entrelaçamos nossas vidas com as vidas de outras pessoas o tempo todo, mesmo que de forma inconsciente. 

 

Mas de que maneira o que eu faço afeta o outro?  

Será que minhas atitudes individuais podem transformar o espaço comum? 

Se pensarmos em nossa sociedade como uma grande teia tecida a muitas mãos, ao cortar um fio ou criar um novo ponto de conexão, será que haverá impacto no todo? 

Sim.  

 

O que proponho é trazer para o nível da consciência a reflexão de que tudo o que tecemos em nossas narrativas pessoais reverbera nas narrativas coletivas. E vice-versa. 

 

Como será isso? 

Bem, vivo num “estado de dicionário” – uma palavra, uma instigação, que leva a outra e mais outra… – e meu desafio aqui é costurar uma linha NARRATIVA em um recorte coerente e útil (espero fervorosamente conseguir) para clarear inquietações que me (nos) habitam.  

 

Como tenho o privilégio de ter fundado a ASAS, COLETIVO Internacional de Inteligência Criativa, vários dos recortes serão somas destes NÓS. Aqui buscamos encontrar BRECHAS para contribuir com alguma luz nos dilemas desta estranha era. Afinal, uma das questões que mais me (nos) move é: Que contribuição queremos deixar para além da nossa existência?. 

 

Pretendo honestamente ir além da superfície. Mas não vou sozinha. A verdadeira beleza da curadoria é que ela não precisa ser um processo isolado. Os maiores dilemas contemporâneos são coletivos, globais, e também íntimos. Vamos buscar o significado dessas inquietações e tentar elaborar algumas questões fundamentais para nosso território de atuação como profissionais da comunicação. 

 

Como já disse aqui a nossa sagaz alada* Tatiana Lemos: “A missão fundamental de alguém responsável por COMUNICAÇÃO é criar narrativas e experiências de marca que afetem o comportamento

 

Vou tentar também desafiar os algoritmos que se abastecem de passado e nos jogam sempre na mesma bolha e sugerir algumas sementes de futuro. E, quem sabe, ao longo deste ano, encontremos a clareza que surge da combinação de ideias e possamos plantar algumas destas sementes. 

 

Sobre os temas que vocês poderão encontrar aqui?  

Vamos lá! 

Já comentei sobre meu hábito de “estado de dicionário”. As palavras me (nos) movem. 

Partiremos de uma palavra-chave para construir uma reflexão, um pensamento, um texto, uma historia, uma narrativa. 

Tenho várias delas essenciais para mim (nós): horizontes, encontros, arte, frestas, detalhes… e outras tantas. Mas vamos focar especialmente nos ENTRES da mescla delas. 

 

#dica: se você sobrevoar o olhar no texto acima, vai ver as palavras-chave (em caixa alta) que vão nortear os artigos ao longo deste ano. 

Espero que as revoadas de ideias e provocações ao redor delas sussurrem algo para você e desfrute os horizontes sem preocupação. 

 

Nesse espaço que o M&M abriu, espero que encontremos juntos algum DESCANSO, e quem sabe também REVOLUÇÃO. 

 

Como esta coluna é no Women to Watch, em cada artigo vou trazer também spoilers de algumas das nossas aladas* que somam em mim (nós) e fazem voar mais alto. Sobretudo as que sabem passar pelas adversidades e pelas venturas com garbo e alegria, como pontua a nossa queridíssima Monica Waldvogel. Começo por ela: 

 

Monica Waldvogel  

Adora assunto complicado. Não pode ver uma polêmica que já sai correndo em direção a ela. Nunca encontrou resposta certa pra nenhuma pergunta sobre as voltas que o mundo dá. Por isso, anda pela vida enganchada num ponto de interrogação. 

 

Costanza Pascolato 

Ela pode ter essa aparência aristocrática, mas ri de si mesma porque sabe que é a melhor alternativa para viver mais e melhor. Os ingleses dizem que humor é sinal de civilidade”, como gosta de comentar. 

 

Marilu Beer (in memoriam) 

Uma inventora de estilo único. Construiu para si uma vida em torno de uma estética e de um estilo e viveu a arte que executou e o conhecimento que buscou incessantemente. Sabia rir de si, da tragédia e do drama. Porque sabia usar o tempo a seu favor. 

 

Finalizando, fica aqui o convite: experimentemos OUTROS pontos de vista! 

 

Sobre isso, não resisto! Vou compartilhar uma frase daquele que tem me ensinado tanto ultimamente. TIÊ, mio nipote que me chama de Nonna (mas essa ele falou para a Vovó Lelê): 

 

“Vovó: a montanha tá crescendo”… observando as montanhas que a decida da neblina descortinavam. 

 

___ 

 

Próximo: 

 

[3/12] série NÓSemMIM  

– guerra de narrativas – a responsabilidade dos comunicadores em tempos inquietos. 

 

Vivemos em um momento de fat media, onde temos muito conteúdo ao nosso redor, mas a maioria não nos nutre. Ao contrário. Nos dá indigestão. Nos enfeza. E só serve para nos deixar obesos. 

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Obs: agradecimentos ao nosso alado* Gui Ferreira e à parceira Erlana Castro pelo frescobol de ideias para refinar o texto final. 

 

*ALADOS são os talentosos profissionais que fazem parte da ASAS. 

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