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Comunicação

Provocação de Clear a Neymar cai bem ou cai mal?

Marca da Unilever alfineta jogador, mas apaga o post; analistas apontam a necessidade de equilibrar meio e contexto em ações de oportunidade


7 de agosto de 2018 - 13h35

 

Frame do vídeo publicado na última sexta-feira pela marca e retirado das redes na noite desta segunda-feira, 6 (Crédito: Reprodução)

Uma semana após a repercussão polêmica do comercial da Gillette com Neymar, sobre suas atitudes durante a Copa, a Clear, marca de shampoo da Unilever, concorrente da P&G, decidiu provocar indiretamente o jogador. Em um post no Facebook de Clear a mensagem: “se você tem problema com queda não precisa pedir desculpas. É só usar Clear Queda Control” acompanhada de uma imagem do jogador Cristiano Ronaldo. Vale lembrar que Neymar já foi garoto-propaganda de Clear. O post estava no ar até a noite desta segunda-feira, 6, mas foi retirado em seguida. A Unilever, detentora da marca Clear, não se posicionou sobre o assunto.

Sobre os riscos envolvidos na ação, Marcos Bedendo, sócio-consultor na consultoria Brandwagon, explica que tudo depende do contexto. “As marcas devem ser capazes de se apropriar com inteligência daquilo que está no contexto. E entre as super celebridades futebolísticas, o contexto são as quedas e os problemas de imagem do Neymar. No caso da marca Clear, por usar essas super celebridades como garoto propaganda, ela tem propriedade para entrar na discussão, ainda que fazendo só insinuações e num tom mais leve”, explica.

Marcos reforça a importância de saber o tom de cada plataforma onde a mensagem será veiculada. “A mídia utilizada (um post da marca) tem a adequação de meio para essa mensagem – ficaria muito mais agressivo e fora de propósito fazer isso numa propaganda de TV. Então acho que a ação traz potencial viralização positiva para a marca, ainda que indiretamente tendo efeito nocivo na imagem do Neymar, que também é garoto propaganda da Clear”, afirma.

Wilson Negrini, COO da Lew’Lara\TBWA, afirma que o principal concorrente de uma marca é a cultura. “Isso faz com que o desafio para as agências e marcas seja ainda mais difícil. É preciso entender o movimento cultural, como ele esta se manifestando para poder surfar essa onda de maneira oportuna e coerente. Ao mesmo tempo que ideias muito criativas surgem para surfar essa tal onda cultural, às vezes falta tempo para avaliar mais profundamente os riscos dessa estratégia. Que é um movimento sem volta da atual geração e das próximas esta claro, o ponto de equilíbrio é até que ponto as marcas conseguem tirar proveito disso”.

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