O primeiro festival a gente nunca esquece
Já que então somos o país da criatividade, que voltemos também a ser o do futebol
Já que então somos o país da criatividade, que voltemos também a ser o do futebol
15 de junho de 2025 - 14h21
Nos últimos anos, tem sido difícil sustentar o título de país do futebol, com nosso prestígio diminuindo e a paixão também. O primeiro 7×1 a gente nunca esquece.
Mas no ano em que estamos apostando em um talento estrangeiro para trazer o próximo caneco na Copa, o Brasil se reforça como o país da criatividade. Este título não será exposto no museu do futebol, mas sim no Palais des Festivals. Os franceses, que nos frustraram em 1998, agora nos reverenciam.
Talvez, só quem trabalha com comunicação saiba que seremos o primeiro país homenageado em Cannes, para coroar a essência do novo povo. E temos que espalhar esta notícia a todos.
Isso é motivo de muito orgulho e estar aqui pela primeira vez neste ano é ainda mais especial.
Sempre tivemos grandes talentos com a pelota, mas a gente também exporta criativos brilhantes para o mundo todo. O brasileiro tem a criatividade no sangue e a gente precisa dela para driblar os obstáculos e vencer na vida.
Seja o Cafu, que foi reprovado em nove peneiras e se tornou campeão mundial, ou Rick Chesther (Prospera), que estava desempregado e, com R$ 10 emprestados de um amigo, se tornou um empreendedor, e foi a Harvard falar sobre a sua trajetória. Mais do que criativos, somos também resilientes.
O festival, aliás, prestará uma homenagem justa ao eterno Washington Olivetto, nosso Pelé da propaganda. Ele que sempre dedicou seu talento às suas grandes paixões: publicidade e futebol (mais especificamente, o Corinthians!).
Já que então somos o país da criatividade, que voltemos também a ser o do futebol. Que venha o Hexa!
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