Por que ainda precisamos falar de design?
Em tempos de urgência, o design permanece como um elo invisível e estratégico entre intenção, cultura e impacto
Em tempos de urgência, o design permanece como um elo invisível e estratégico entre intenção, cultura e impacto
12 de junho de 2025 - 18h55
Em meio à explosão da inteligência artificial, da cultura da eficiência e da urgência por relevância, o design, mesmo que muitas vezes tendo sua importância subestimada, continua sendo uma ferramenta essencial, sobretudo na propaganda, onde a pressa e a ansiedade do mercado nem sempre permitem que os processos sigam seu curso natural, com o tempo e a profundidade que a disciplina exige.
Em Cannes, é possível ver como o design vai muito além da estética. É uma forma de pensar, resolver, traduzir culturas e criar movimentos. Seja numa embalagem ou numa experiência digital, é o design que torna visível uma intenção.
A cada edição do festival, me chama atenção o quanto o design continua conquistando novos territórios, atravessando categorias onde nem sempre é protagonista. Talvez aí esteja sua maior virtude. Quando bem aplicado, ele desaparece no impacto. Está ali, mesmo quando não é percebido.
Considero esse feito uma das maiores forças dentro da propaganda: continuar sendo indispensável, sem precisar assumir o ritmo ansioso da indústria.
Design não corre. Ele sustenta, estrutura e conecta.
É com esse olhar que começo minha jornada aqui.
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