Felicidad Collective inaugura operação no Brasil
Fundada pelo publicitário Chacho Puebla, agência tem Tomás Correa na liderança e auxilia marcas no processo de adoção de práticas mais sustentáveis
Com sedes em Madri, na Espanha e no Meco, em Portugal, a Felicidad Collective desembarca no Brasil. As operações da agência fundada por Chacho Puebla tiveram início no final de setembro, com o publicitário Tomás Correa na liderança e com nome em português: Felicidade.

Tomás Correa, líer da Felicidade no Brasil, e Chacho Puebla, fundador da Felicidad Collective (Crédito: Arthur Nobre)
O negócio permeia sua identidade entre um coletivo, agência e consultoria. O nome dado pelo fundador Puebla faz referência à busca do ser humano pela felicidade, com conceito adaptável e constantemente mutante. O objetivo da criação, há três anos, é auxiliar marcas e C-Level na caminhada de impacto positivo, legado para um mundo melhor e adaptação ao capitalismo consciente ou verde.
A atuação da Felicidad vai além das fronteiras de sua sede. A consultoria já realizou projetos para o Reino Unido, Estados Unidos, Colômbia, Argentina e Equador. “O Brasil é fundamental para a transformação global – tem a Amazônia, é um país muito criativo, com marcas globais e com impacto na América Latina”, diz Puebla sobre a decisão de expandir para o Brasil. De acordo com ele, a exportação da Felicidad não foi algo planejado, mas uma oportunidade.
“Nosso papel é criar uma uma ponte de autenticidade e verdadeira, e claro, com storytelling emocional para que a gente consiga destravar o medo e a essa ansiedade por parte do consumidor”, explica Correa. Os trabalhos envolvem a criação de narrativas de engajamento sustentável, branding e, claro, publicidade. “Não era comum a propaganda falar sobre a ‘quase perfeição’. Muitos estudos provam que o público quer entender as marcas como negócios que estão evoluindo”, contribui Puebla.
Como é o trabalho da Felicidad?
A partir de uma metodologia interna, o coletivo realiza uma análise holística das marcas para entender em que local da jornada sustentável se encontram. A dupla explica que isso ajuda a descobrir as intenções que existem por trás, bem como auxiliam na identificação e evitamento de um possível greenwashing. Eles complementam, ainda, que é preciso intencionalidade no processo. “Temos visto na comunicação as grandes marcas começarem a dialogar com o consumidor através do tema, mas é algo muito vazio e até amador, quase ingênuo”, complementa Correa.
Além disso, a atuação da Felicidade prevê o trabalho junto a consultores em diversas especialidades. Elas são relacionadas à sustentabilidade, como ambientalistas, advogados, professores, até mesmo startups, por exemplo, de diversos locais. A escolha é feita de acordo com a demanda do projeto. Um deles é Mariano Cenamo, CEO da Amaz, uma aceleradora de negócios de sociobiodiversidade com atuação na Amazônia legal, Amaz.