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MDC perde 3,1% de receita orgânica em 2019

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Comunicação

MDC perde 3,1% de receita orgânica em 2019

Para o CEO do grupo MDC, diminuição no prejuízo líquido foi aspecto positivo do período


28 de fevereiro de 2020 - 14h58

Ação da CP+B, agência do grupo MDC, para a Domino’s replica cena do filme Negócio Arriscado (Crédito: divulgação)

Por Lindsey Rittenhouse, do Ad Age*

O MDC Partners reportou queda de 1,5% em sua receita orgânica no quarto semestre de 2019, em comparação ao mesmo período do ano passado. Considerando 2019 como um todo, houve declínio de 3,1%, quando comparado com 2018.

A companhia divulgou seus resultados após o fechamento da bolsa na quinta-feira, 27.

“Estamos mudando de uma holding de companhias para uma alternativa às holdings”, afirmou o CEO e chairman do MDC, Mark Penn.

Parte da virada inclui reduzir os ativos imobiliários da companhia. O executivo disse que que firmou contratos para alugar o escritório de Nova York da empresa e que 11 agências do grupo irão para esse mesmo prédio. O Ad Age divulgou, em abril do ano passado, que o MDC buscava sair de seu escritório em Manhattan na Quinta Avenida.

Penn afirma que a consolidação dessas agências em apenas um escritório irá gerar economia de cerca de US$ 12 milhões anualmente.

A holding publicou uma queda na receita total de 4,1%, atingindo o montante de US$ 1,4 bilhão em 2019. No quarto trimestre, a queda foi de 3%. O MDC também publicou um prejuízo líquido de US$ 10,5 milhões no quarto trimestre. A holding afirma que a taxa anual de perdas, de US$ 17 milhões, é um avanço em comparação com 2018, quando chegou a US$ 132,1 milhões. A holding afirma que ainda conduz esforços para diminuir o custo operacional com funcionários e despesas correntes.

Para 2020, a previsão de crescimento orgânico é de 2% a 4%.

Penn assumiu o MDC em março de 2019 quando a Stagwell Group – uma agência de publicidade, relações públicas e dados que ele fundou em 2015 – foi comprada por US$ 100 milhões pelo MDC. Sob a batuta de Penn, a companhia realizou diversas mudanças estruturais para diminuir a dívida de cerca de US$ 1 trilhão. Entre elas, a redução de ocupação imobiliária e a combinação de certas atuações entre agências ao fundir marcas.

Penn afirmou que a reorganização para uma “rede multi-agências” permite à holding competir de forma mais efetiva em concorrências entre as maiores holdings. “Eu assumi o papel de chairman e CEO um ano atrás porque sabia que a companhia não estava nem perto de alcançar seu potencial”, adicionou.

Como parte da reorganização, o MDC anunciou a formação de uma rede de agências batizada de Constellation, composta por 72andSunny, CP+B, Instrument, Redscout e Hecho Studios. O objetivo é unir as marcas criativas, de dados, user experience e produção em um único cluster, mas cada operação segue funcionando de forma independente. Além disso, também unirá agências dentro do grupo que possuem entregas distintas – como operações que unem digital, estratégia e design com outras de produção. Isso já foi feito antes com a rede liderada pela Anomaly, que inclui Y Media, Mono e Hunter.

Algumas conquistas notáveis do ano de 2019 para a holding incluem as marcas Tylenol, Listerine e Zyrtec, todas da J&J, pela agência criativa Doner, além da conquista da Audi pela 72andSunny Amsterdã.

*Traduzido por Salvador Strano

**Crédito da imagem no topo: chombosan/iStock

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