TAM e LAN unificarão agências

Felipe Turlao
24 de fevereiro de 2015 - 2h04

 O Grupo Latam, do qual fazem parte as companhias aéreas TAM e LAN, abre um processo de concorrência por sua verba publicitária, cujo objetivo é unificar em apenas uma holding o atendimento em todos os mercados em que anuncia. O processo é liderado pelo brasileiro Jerome Cadier, vice-presidente de marketing do grupo.

As holdings internacionais receberão convites do anunciante para participarem do processo no começo de março. A lista dos concorrentes não está definida, mas é certo que WPP, Publicis e Interpublic deverão estar na disputa.

A expectativa é que o vencedor seja definido em cerca de três meses, provavelmente no final de maio.

A partir da escolha do grupo internacional, cada país deverá escolher agências que pertençam a essa holding – o que pode ser feito por um novo processo de concorrência. Além disso, cada país pode optar por ter uma agência off-line e outra online, ou apenas uma para as duas modalidades.

No Brasil, a verba é atendida por Y&R (off-line) e Wunderman (digital), as duas empresas do grupo WPP. No segundo maior mercado para o Latam, o Chile, o atendimento cabe à agência independente Porta.

Simpificar processos

Nos próximos meses, o Latam anunciará a unificação das marcas TAM e LAN – o nome ainda não está definido.

Eduardo Costa, diretor de marketing da TAM, assegura que a unificação de agências tem como principal objetivo simplificar processos. “Atualmente, trabalhamos com cerca de 40 fornecedores na região, desde multinacionais a pequenas agências. Queremos ser mais assertivos nos investimentos de recursos e ter uma comunicação mais alinhada entre todas nossas operações”, afirma.

Ele afirma que está satisfeito com o relacionamento com Y&R e Wunderman no Brasil, e que a concorrência busca um novo modelo de atendimento e não representa um exercício de qualificação das fornecedoras.

Pelo novo modelo de atendimento, o Grupo Latam terá um novo conceito de comunicação válido para todos os mercados, e execuções e estratégias locais lideradas por cada gestor, como no caso de Costa, no Brasil, o maior mercado da companhia. Assim, o slogan internacional será acompanhado de ações táticas como vendas de destinos sendo construídos localmente.

Equity forte

Apesar da unificação das marcas TAM e Lan, Costa afirma que pretende continuar investindo na marca TAM. “Faz sentido, porque é melhor construirmos a nova marca em cima de outra com equity forte e presente no País há 40 anos”, analisa.

Outro desafio para os próximos meses é gerar demanda. “Não será um ano fácil, ainda mais para o setor aéreo no Brasil, que é extremamente competitivo”, afirma. A estratégia de marketing de TAM terá forte viés de comunicação digital, que desde o ano passado já representa mais de 50% do mix. Ações de patrocínio também continuarão fortes.