CEO da DDB: “Encorajar todos a participar da nossa indústria”
Recém-apontado a CEO da DDB Worldwide, Marty O’Halloran diz que clientes deixarão de contratar agências que não tenham diversidade de talentos
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Isabella Lessa
9 de setembro de 2020 - 6h00
Nomeado a CEO da DDB Worldwide em julho — ele substitui Wendy Clark, que neste mês começa a exercer o cargo de CEO global da Dentsu Aegis Network — o australiano Marty O’Halloran diz ter planos agressivos de transformação para a rede de agências do grupo Omnicom. Para ele, qualquer negócio bem sucedido tem de continuar se transformando. “Não dá para chegar e continuar fazendo as mesmas coisas”. Para isso, ele pretende enfatizar o investimento em jovens talentos, diversidade, integração entre dados, criatividade e na proximidade com CEOs e CMOs das empresas anunciantes.
Marty O’Halloran, CEO da DDB Worldwide (Crédito: Divulgação)
Meio & Mensagem – Como a DDB está endereçando a questão da diversidade racial na companhia?
Marty O’Halloran – Estamos levando muito a sério, há muito trabalho a ser feito nas áreas de diversidade e inclusão. Temos de começar no ensino médio, encorajar as pessoas a acreditar que há oportunidade para eles na indústria criativa, independentemente da sua cor, raça, opção de gênero, temos de encorajar todos a participar da nossa indústria. E depois, continuar a fazer com que cresçam. Temos de refletir a sociedade em que vivemos, temos de equilibrar a participação de gêneros, de raça. Cada mercado tem desafios diferentes. Temos recursos enormes no Omnicom nesse sentido. Cada escritório da DDB tem KPIs para evoluir na diversidade. Marcas e pessoas estão falando mais sobre isso agora, temos visto uma agitação da sociedade. Temos de entregar uma comunicação diversa para os clientes, mas também mostrar que temos talentos diversos, pois, do contrário, eles não nos contratarão. É importante fazer a coisa certa.
M&M – Acredita que a relação do mercado com os prêmios mudará?
Marty – Sempre estaremos comprometidos com prêmios, pois reconhecem a criatividade. Mas repensaremos a quantidade de prêmios. Os próprios prêmios repensarão a forma com que operam, acho que muitos prêmios evoluirão. Sempre terão um papel, mas pessoalmente acho que temos muitos. Precisaremos focar nos que realmente importam. E muitos deles terão problemas financeiros. Cannes é o mais importante porque é o global – e as premiações locais são igualmente importantes, porque a agência precisa ser relevante no mercado local para depois pensar no global. O melhor talento criativo quer ir para a agência que ganha prêmios. Para mim deve haver equilíbrio entre local e global. Cannes continuará a evoluir, mas outros podem não sobreviver.
*A íntegra desta entrevista está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo, onde é possível consultar ainda todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.
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