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WPP faz acordo de US$ 19 milhões após acusações de propina

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Comunicação

WPP faz acordo de US$ 19 milhões após acusações de propina

Comissão de Valores Mobiliários dos EUA acusa holding de violar leis anti-suborno; irregularidades teriam ocorrido entre 2013 e 2018


24 de setembro de 2021 - 13h36

Nota atualizada às 16h53

A Security and Exchange Comission dos EUA — Comissão de Valores Mobiliários — acusa uma subsidiária do WPP de ter pagado US$ 1 milhão em propinas a oficiais do governo indiano. Outras operações da holding no Brasil, na China e no Peru, teriam se envolvido em esquemas ilícitos. Nesta sexta-feira, 24, a companhia inglesa fez um acordo de US$ 19 milhões com o órgão regulatório, sem admitir ou negar as alegações.

Esses esquemas teriam ocorrido entre 2013 e 2018, período no qual o WPP estava sob o comando de Sir Martin Sorrell. Além da propina na Índia, uma outra subsidiária teria ajudado a financiar, de forma ilegal, a campanha política de um prefeito de Lima, capital peruana.

Em comunicado, o WPP disse que “sua nova liderança instaurou medidas de compliance robustas”. Mark Read assumiu como CEO da companhia em 2018, em meio à polêmica saída de Sorrell. O conselho da holding demitiu o executivo inglês depois de investigações sobre uso ilegal do dinheiro da companhia.

Em comunicado, Sorrell disse que não teve envolvimento “no acordo entre SEC e WPP. Meu compromisso pessoal com compliance e controles durante quase 50 anos de criação de valor foram rigorosos e assim continuam. Notei que houve terminações de apenas certos executivos sêniores e outros funcionários do WPP envolvidos nas irregularidades. Deixei o WPP em bons termos, como deixou claro o comunicado de 14 de abril de 2018”.

De acordo com a SEC, ao adotar uma “agressiva estratégia de crescimento”, a holding não conseguiu garantir que agências de mercados de alto risco, nas quais adquiriu participação majoritária, seguissem diretrizes de conformidade internos do WPP.

“Uma companhia não pode permitir que o foco em lucro ou market share interfiram no controle regulatório. Ademais, é essencial que as empresas identifiquem a raíz da causa dos problemas quando bandeiras vermelhas emergem, para prevenir que padrões de comportamento corruptos ocorram”, disse Charles Cain, chefe da Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), área da SEC responsável pelo combate a práticas corruptas no exterior.

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