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Comunicação

Medina: clientes estão abertos a novas propostas

Presidente da Artplan observa que anunciantes querem “fazer acontecer”, seja no âmbito do negócio ou social


30 de março de 2020 - 6h00

Rodolfo Medina, presidente da Artplan (Crédito: Divulgação)

Os clientes estão sendo impactados diretamente pelas consequências da pandemia e mudanças de rotas em estratégias estão sendo promovidas. Quem conta é Rodolfo Medina, presidente da Artplan, agência com operações no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Ele revela que, apesar disso, os anunciantes, de um modo geral, estão todos na ativa, sem criar pânico, pensando no que pode ser feito daqui pra frente diante desse cenário desafiador. Em sua opinião, é notável que estão todos abertos a novas propostas e querendo fazer acontecer, seja no âmbito do negócio, seja no social. Medina concedeu a entrevista abaixo ao Meio & Mensagem por email. Nela, revela os desafios de colocar sua equipe atuando em home office com as ferramentas necessárias e conta ainda que, por conta do cenário atual, a agência já desenvolveu um novo produto, o R.T.R. – Real Time React -, que une experiências com o Now, conteúdo real time, e gestão de crise. Confira abaixo:

Meio & Mensagem – Já houve casos de alteração em campanhas de algum cliente? Qual e por quais motivos?

Rodolfo Medina – Houve. O contexto e cenário mudaram. Algumas linhas de comunicação, que já estavam aprovadas, não cabem mais agora. É preciso repensar estratégias, planejamentos e campanhas que dialoguem com o momento confuso em que todos estamos vivendo. Em alguns casos, provavelmente, será preciso repensar, inclusive, modelo de negócio.

M&M – Com a agência está lidando com esse período de pandemia?

Medina – Estamos trabalhando intensamente para garantir que a Artplan atravesse a pandemia da forma mais segura possível, mantendo a qualidade das nossas entregas e, acima de tudo, cuidando das nossas pessoas. Montamos um comitê de gestão de crise, que implementou ações que contribuíram para a redução do risco de contaminação em nossos escritórios, ao mesmo tempo em que criaram ações que viabilizassem a liberação das nossas pessoas pra casa. Todos os colaboradores da agência foram mapeados, de acordo com as necessidades e, a partir desse mapeamento, as decisões foram tomadas. No momento, a saúde mental da nossa equipe e a disseminação de informações que tragam boas práticas de home office têm sido prioridades nas agendas e temos um time dedicado a integrar, dar suporte e tirar dúvidas dos colaboradores.

M&M – Como está funcionando a troca de informações entre a equipe e o desenvolvimento dos trabalhos da agência?

Medina – Intensificamos o diálogo aberto e frequente que já temos com nossos colaboradores. Temos um time dedicado a tirar dúvidas dos colaboradores tanto pelo Collab Phone, linha direta para agilizar o esclarecimento de dúvidas, como pelo e-mail. Além disso, estabelecemos um canal direto com nossa Seguradora de Saúde, que disponibilizou um telefone para nossos colaboradores ligarem em caso de sintomas. Adotamos o Microsoft Teams como plataforma de comunicação oficial interna que, eventualmente, poderá ser usada para fins externos, para que todos possam trabalhar juntos, não importa onde estejam. Estamos com centenas de Artplans operando a todo vapor entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

M&M – A agência está operando toda em home office? O que muda na produtividade com parte ou toda a equipe trabalhando de casa?

Medina – Estamos há cerca de 15 dias operando em home office, que aconteceu em ondas e de forma responsável, até chegarmos a uma operação 100% em casa. Os escritórios não estão fechados e ninguém está impossibilitado de entrar, quando necessário, mas o movimento está reduzido ao máximo. Ainda são poucos dias para avaliar, mas já dá para sentir maior produtividade, consciente de que ela depende de muitos fatores. Temos observado o time muito engajado em fazer as entregas acontecerem, mantendo a qualidade de sempre. Muitas vezes, estamos falando mais com as pessoas virtualmente do que falávamos na própria agência. Estamos notando um senso coletivo muito empenhado não só com as entregas como com a proatividade que o momento exige e, até aqui, estamos bastante orgulhosos.

M&M – Como os clientes estão reagindo aos impactos do novo coronavírus?

Medina – Naturalmente, é possível observar clientes sendo impactados diretamente pelas consequências da pandemia e mudanças de rotas em estratégias. Mas, de um modo geral, estão todos na ativa, sem criar pânico, pensando no que pode ser feito daqui pra frente diante desse cenário desafiador. É notável que estão todos abertos a novas propostas e querendo fazer acontecer, seja no âmbito do negócio, seja no social.

M&M –  Quais devem ser os impactos no mercado publicitário brasileiro em curto, médio e longo prazo?

Medina – Acredito que a curto prazo, o mercado publicitário está sendo diretamente impactado pela diminuição de verba dos anunciantes para o que estava planejado. Por outro lado, o mercado também está pensando em diversas soluções para seus anunciantes, o que podem impactar positivamente a médio prazo, não só em soluções criativas, como em retomadas de verbas para o setor. A longo prazo, sigo com um olhar otimista, de retomada dos negócios e muito aprendizado do que passou.

M&M – Quais segmentos anunciantes devem ser mais afetados neste período de pandemia?

Medina – Provavelmente, o Varejo. Mas de um modo geral, acredito que vai ser inevitável afetar a todos. É um período crítico na saúde que está afetando diretamente a economia como um todo. Não tem como passar ileso.

M&M – Quais os aprendizados que a publicidade pode extrair de períodos de crise e imprevisibilidade como este?

Medina – Já estamos aprendendo muito com tudo isso. Novos comportamentos, novas maneiras de se relacionar e de produzir. Vamos nos surpreender com nosso poder de resolução, agilidade e integração. É um novo jeito de pensar, mas acima de tudo é um novo modo de viver que muda relações e transforma processos.

M&M – Os mercados regionais serão mais impactados?

Medina – Acredito que não há como passar ileso dessa situação. Possivelmente, os mercados menores sofram mais com o impacto de tudo isso, mas acredito que ainda seja cedo para afirmar algo do tipo.

M&M – Há algum aprendizado que pode ser benéfico para a criatividade? 

Medina – Sem dúvida. Precisamos extrair os aprendizados do momento e olhar sempre para as oportunidades das marcas, jamais com oportunismo, mas sim focando na responsabilidade e comprometimento em deixar um legado e contribuição social. Estamos fazendo monitoramento em tempo real do contexto para reduzir incertezas e imersos em um processo que ajuda a gerenciar os desafios de uma crise e, ao mesmo tempo, pensar em formas de recuperação no médio prazo. Inclusive, em meio a tantos aprendizados, acabamos de criar um produto especial para nossos clientes, chamado R.T.R. (Real Time React), que une nossas experiências com o NOW, conteúdo real time, e com gestão de crise.

 

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