Rap comanda a narrativa das marcas

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Rap comanda a narrativa das marcas

Maior abertura nas plataformas de mídia, profissionalização da indústria e nova geração de artistas fazem gênero atrair anunciantes em busca de discursos potentes e engajamento de público


6 de maio de 2020 - 14h01

Por Karina Balan Julio e Renato Rogenski

Emicida e Fióti no videoclipe de Rap do Motoboy, criado em parceria com a Suno para o iFood (Crédito: divulgação)

Seja por influência de novos comportamentos e demandas sociais, seja pelo potencial midiático de artistas da nova geração, é fato que o gênero musical rap nunca experimentou tanta proximidade e sintonia com meios de comunicação, marcas e publicidade. Em 2019, por exemplo, o clipe Bluesman, criado pela AKQA para o rapper baiano Baco Exu do Blues, subiu ao palco mais tradicional do mercado publicitário. O filme recebeu no Cannes Lions o Grand Prix da categoria Entertainment for Music.

Racionais MC’s, grupo seminal do rap nacional  (crédito: Divulgação/Klaus Mitteldorf)

No mesmo ano, no Brasil, dois outros cases ganharam projeção e prêmios, incluindo o Effie Awards: “Motoboy é verbo de ligação”, criado pela Suno United Creators junto com Emicida, para o iFood, e “Verde é a cor da inveja”, desenvolvido pela Bullet com cocriação de Rincon Sapiência, para a Puma. Na avaliação de Vithor Reis, editor de música do Deezer no Brasil, muito além de um estilo musical, o rap representa um movimento urbano gigantesco, o que para muitas marcas pode ser considerado algo estratégico, um posicionamento quase político, sobretudo para uma audiência jovem e antenada.

Mas nem sempre foi assim. Entre os anos 1980 e 1990, mídia, anunciantes e artistas do gênero tinham mútuas ressalvas para estabelecer parcerias consistentes. Tendo o grupo Racionais MC’s como maior expoente, a cena musical nasceu no Brasil vinculada a bandeiras muito claras, e buscou se posicionar como uma voz contundente para dar luz às diferenças sociais. Para se fazer ouvir, os artistas adotaram uma postura rígida, rejeitando os signos estabelecidos pelo status quo e aparições midiáticas convencionais, que não se encaixavam na estética e propósito do movimento.

A íntegra desta reportagem está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que até o fim de maio pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo, onde também está disponível a consulta a todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.

O rap é o tema do primeiro capítulo do projeto especial Music & Branding, publicado por Meio & Mensagem a partir da edição 1909. Além das quatro reportagens no jornal, o especial inclui uma série em vídeo também com quatro episódios. O primeiro deles (veja abaixo) aborda as ações para a popularização da música clássica no País.

Crédito da imagem do alto: divulgação

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