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Marcas e Copa América: Ambev também desiste de ativar evento

Questionamentos em torno da realização da competição cria situação delicada aos patrocinadores; Mastercard já havia anunciado que não ativará sua marca no evento


9 de junho de 2021 - 17h22

Edição 2021 do evento está marcada para acontecer no Brasil a partir do próximo dia 13 (Crédito: Reprodução/facebook.com/CopaAmerica)

Por Bárbara Sacchitiello e Fernando Murad

A realização da edição de 2021 da Copa América no Brasil, que já vem mobilizando a imprensa e opinião pública por conta, sobretudo, da situação de pandemia de Covid-19 no País, gerou uma situação delicada também aos patrocinadores do evento. Tendo esses torneios como, muitas vezes, um dos principais investimentos de marketing realizados no ano, as empresas apoiadoras da competição da Conmebol estão preferindo distanciar sua imagem do torneio, que está marcada para começar no próximo dia 13.

Nesta quarta-feira 9, a Ambev declarou, via comunicado, que não exibirá suas marcas na competição. “Ambev informa informa que suas marcas não estarão presentes na Copa América. A companhia segue com seu compromisso e apoio ao futebol brasileiro”, diz a nota, enviada pela comunicação da empresa à reportagem de Meio & Mensagem. A Ambev também é patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A Ambev segue os passos da Mastercard, patrocinadora da competição da Conmebol que, na noite de terça-feira, 8, comunicou que não fará, ao longo do evento, ativações de sua marca. Geralmente, ao patrocinar uma grande competição esportiva, as empresas aproveitam para explorar esse ativo por meio de campanhas publicitários, ativações, eventos e outros projetos de publicidade.

Desta vez, no entanto, a instabilidade que envolveu a escolha do Brasil como sede do torneio, após a desistência de Colômbia e Argentina, originalmente os países-sede da competição neste ano, está fazendo com que as marcas prefiram não destacar seu envolvimento com o torneio. Cabe ressaltar, no entanto, que tanto Mastercard quanto Ambev não mencionaram diretamente as razões pelas quais desistiram de fazer ativações de seus patrocínios.

“É uma situação muito difícil de gerenciar. Em ambos os lados, há muito a perder com qualquer decisão que seja tomada. Isso sem falar no grande investimento feito no evento que não trará resultados. Mas acho que Mastercard e Ambev tomaram a decisão correta em não expor suas marcas no evento”, analisa Ricardo Fort, fundador da Sport by Fort Consulting.

A reportagem de Meio & Mensagem entrou em contato com outras marcas envolvidas com a Copa América e o futebol, como Kwai, TLC e Latam, e aguarda um retorno.

O Supremo Tribunal Federal marcou para esta quinta-feira, 10, uma sessão para tratar sobre a realização da Copa América no Brasil.

Os direitos de transmissão da Copa América 2021 estão com o SBT na TV Aberta. A emissora, inclusive, já negociou cotas de patrocínio da transmissão com Kwai e Betfair.net e está em conversas com outras empresas. Na TV por assinatura, o evento será transmitido pelos canais esportivos da Disney (ESPN e Fox Sports).

Na noite de terça-feira, 8, os jogadores da seleção brasileira divulgaram um manifesto em suas redes sociais para destacar seu posicionamento em relação à realização do torneio. Em conjunto, os jogadores e comissão técnica declaram que são contra a realização da Copa América, mas afirmam que têm uma missão a cumprir com a histórica camisa verde-amarela. Veja a nota, na íntegra:

“Quando nasce um brasileiro nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América. Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas; Por diversas razões sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil. Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização. É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia e estamos presente nas redes sociais. Nos manifestamos também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros. Por fim, lembramos que somos trabalhadores profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira.”

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