Como viver sem o tradicional “flight”?

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Opinião

Como viver sem o tradicional “flight”?

A jornada é da mensagem e ela pode acontecer sem necessariamente ser uma sequência de dias ou meios


18 de abril de 2017 - 16h00

A pergunta do título vale para boa parte dos anunciantes brasileiros que, em sua grande maioria, adota esse modelo estratégico. Na minha opinião, tanto o modelo como o próprio flight morrerão abraçados por uma razão muito simples: a timeline do consumidor não é vertical, ela é perene e multidimensional.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Por que ser sazonal quando sua marca e seu produto não o são? Por que falar em três semanas quando seu produto está nas gôndolas também nas outras 49? Não faz mais o menor sentido. Dispomos hoje de milhões de alternativas em que é possível trabalhar diversos canais de forma linear. E aqui me refiro ao sentido amplo da mídia e de todas as suas possibilidades de engajamento e alcance.

Afinal, hoje tudo é mídia. As marcas, os consumidores, os colaboradores… O celular é parte crucial do corpo, é o nosso 5º Elemento (água, terra, fogo, ar e celular). Para alguns, inclusive, muitas vezes mudando essa ordem.

Já vivenciei situação em que o cliente deixou de aproveitar uma grande oportunidade de audiência porque o flight tinha acabado há dois dias. Inacreditável. O consumidor não tem essa dimensão e tão pouco está preocupado com esse cronograma.

A jornada é da mensagem e ela pode acontecer sem necessariamente ser uma sequência de dias ou meios. Ela pode e deve ter a extensão que lhe for planejada e, principalmente, a extensão que lhe for concedida por esse mesmo consumidor.

Portanto, convido a todos a repensarem seus flights e aproveitar ao máximo toda a pluralidade que nos é permitida pelas plataformas de mídia. Assegurando, assim, um diálogo mais constante e perene com sua audiência.

O mundo está deixando de ser um bloco de poucas e grandes marcas e se tornando um “conglomerado”, não menos importante, de empresas menores

Será essa perenidade que garantirá sua marca viva na cabeça do consumidor, que a cada dia está mais disputada. Disputa essa que não é mais só sobre seu negócio ou sua categoria, é sobre tudo que está em volta dele. Tudo mesmo.

Awareness e relevância nunca foram tão importantes como hoje. O mundo está deixando de ser um bloco de poucas e grandes marcas e se tornando um “conglomerado”, não menos importante, de empresas menores. É muita novidade todos os dias: nas ruas e nas gôndolas.

Para dar uma ideia desse volume, em 2015, os TOP 20 Anunciantes brasileiros responderam por 24% do investimento publicitário. Os outros 76% estão na mão desse 2º grupo de empresas. Ou seja, uma gama gigantesca de novas marcas e produtos disputando essa mesma atenção do consumidor.

Definitivamente, não dá mais para viver de flight. Como marcas vivas e um consumidor cada vez mais pulsante, devemos sempre encontrar um jeito (de preferência contínuo) de circular por suas veias e, principalmente, pela sua mente.

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