Mercado de eSports se consolida no Brasil

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Opinião

Mercado de eSports se consolida no Brasil

Os “joguinhos de criança” se tornaram negócio de gente grande e vêm atraindo investimentos arrojados ao longo dos anos e se fortalecendo como um dos maiores propulsores da economia digital no País


7 de novembro de 2017 - 16h13

Maior feira de games da América Latina, a 10ª edição da Brasil Game Show (BGS) reuniu em São Paulo em pleno feriadão do Dia das Crianças, entre 11 e 15 de outubro, um público de aproximadamente 330 mil pessoas. Foram 10% a mais que em 2016. A presença de expositores também cresceu: agora foram 240, cerca de 20% a mais que no ano passado. Os números destacam não apenas a expansão do segmento de games no Brasil – mesmo em tempos bicudos de recessão econômica, mas representam a consolidação no país do mercado de esportes eletrônicos.

Os “joguinhos de criança” se tornaram negócio de gente grande no Brasil. De jogadores de peso, vale salientar. Os esportes eletrônicos vêm atraindo investimentos arrojados ao longo dos anos e se fortalecendo como um dos maiores propulsores da economia digital no País. Um bom indicativo é a aposta que grandes empresas e marcas de segmentos variados estão fazendo em ações voltadas a consumidores desse mercado.

A estratégia é clara: se aproximar cada vez mais do público gamer e atender as demandas próprias dos consumidores desse segmento, que costumam ter um ticket médio bastante elevado: existe que ganha para jogar e há aqueles que pagam para assistir. Neste ano, o mercado de eSports terá uma base de 385 milhões de espectadores únicos ao redor do mundo, faturando US$ 696 milhões. A expectativa é que esse número suba para US$ 1,5 bilhão até 2020, segundo projeções da Newzoo.

Os esportes eletrônicos viraram “brincadeira de adulto” há algum tempo. Se tornaram negócio sério, acompanhado por milhões de pessoas. Movimenta bilhões ao redor do mundo. Só o Brasil tem 11,4 milhões de espectadores de eSports. O país representa quase a metade da audiência na América Latina, que é de 23,7 milhões pessoas. Somos o terceiro maior mercado de esportes eletrônicos no mundo. Perdemos apenas para os Estados Unidos e para a China, segundo dados divulgados pela Newzoo.

A ideia de que os games são algo restrito, para jogadores “hardcore”, perdeu completamente o sentido. Os jogos estão cada vez mais inseridos no dia a dia das pessoas. São parte importante para diversão e também para o engajamento. O mercado vem enxergando esse potencial, que é imenso.

Marcas estão se conectando a embaixadores robustos (equipes, atletas e eventos) em ações muito bem articuladas, criadas tailor-made. Estão impactando consumidores de targets variados, sobretudo das novas gerações, em momentos bastante propícios. Estão gerando receitas, em plena época de crise.

Alguns players já estão traçando as próximas jogadas. “Joguinhos de criança?” Será?

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