A nova maneira de fazer entretenimento

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Opinião

A nova maneira de fazer entretenimento

Planejamento, clareza quanto ao público que atende e criar proximidade com ele são, hoje, fatores essenciais


19 de maio de 2021 - 8h02

(Crédito: Jossdim/istock)

O universo de entretenimento de hoje não é mais o mesmo de 20 anos atrás. Atualmente, algo que nasce se posicionando como TV, já nasce velho. Mesmo após criar uma plataforma digital, acaba se tornando uma “TV que tem puxadinho na internet” ou uma “presença digital”. O erro sempre foi querer fazer com que as pessoas se adequem ao canal, tanto na forma de consumo quanto no conteúdo. E acho que hoje uma empresa com essa premissa tem que ser completamente customizada, operar pela lógica do público, que é justamente ser multiplataforma, poder acessar o que quiser e quando quiser.

Por isso, as plataformas voltadas para o lazer precisam ter uma filosofia de startup. Pode parecer estranho no início, mas, ao analisar o movimento, é muito parecido. Tanto na velocidade de desenvolvimento e produção quanto na inovação do setor e a base dentro da tecnologia, o mercado não aceita menos do que uma empresa preparada e bem estruturada nesses parâmetros.

Desta forma, duas características são muito importantes: planejamento e proximidade com o público. Quando o assunto é planejar, é imprescindível manter em mente que são meses, às vezes anos, até possuir um projeto redondo, e quanto mais bem feito, mais fácil e eficiente será a execução. Porém, é preciso tirar o projeto do papel em algum momento. Ninguém começa, nem na vida pessoal nem na profissional, 100%. Então é natural colocar os planos em prática e ir ajustando com o tempo, analisando o que funciona ou não, de preferência com ajuda do público.

Falando em público, esse é outro grande fator decisivo ao iniciar uma plataforma de entretenimento. É preciso ter bem claro quem deseja atingir, e conhecer essas pessoas intimamente. Para representar o jovem, por exemplo, tem que ter gente por trás que seja jovem. Não tem jeito, não é possível se comunicar com uma audiência específica, se não tiver aquelas pessoas no DNA da empresa. E essa conexão deve ser mantida e alimentada, por redes sociais, e outras formas de interação. Um empreendimento de qualquer área que não fala diretamente com os clientes, não está apto a entregar o que ele precisa.

Outro ponto relevante quando se trata de comunicação é a verdade. Mais do que nunca, é preciso ter um compromisso ao falar com o público. São pessoas que têm acesso à informação, que questionam, comentam, ajudam na criação dos conteúdos. Mais do que saber escolher as informações e como transmiti-las, é necessário dar espaço para esse público falar.

Por fim, acredito que conhecimento acadêmico é sempre significativo, sobre o assunto que irá abordar, o formato que pretende fazê-lo e o público que quer atingir. No entanto, o mais importante é a vivência, é o prático em todos os sentidos. É estar atento ao que está acontecendo no planeta, o que dá certo e não dá com outras empresas, como as pessoas estão falando, o que está repercutindo nas redes sociais, as notícias e memes. O mundo está acelerado e carregado de informações, precisamos tirar proveito disso.

**Crédito da imagem no topo: reklamlar/istock

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