Após escassez, McDonald’s retoma venda de McFish com websérie
Ao lado de Galeria e Creme, marca cria série filmada no Alasca para mostrar a trajetória da montagem do sanduíche desde a pesca até a chegada ao prato
Após escassez, McDonald’s retoma venda de McFish com websérie
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Renan Honorato
5 de junho de 2024 - 12h28
Com direito a websérie filmada no Alasca e estreia no cinema, o McDonald’s resgata o McFish para uma segunda temporada nos restaurantes. Se na primeira vez, em fevereiro, houve desafios de logística e uma demanda reprimida de anos, agora, o McDonald’s se preparou para que mais pessoas possam matar a saudade do lanche. Em São Paulo, por exemplo, as buscas pelo sanduíche foram 26 vezes maiores do que as expetativa da marca durante o lançamento.
Pouco mais de 15 dias depois do McFish chegar às prateleiras, o Procon-SP notificou a Arcos Dourados, franqueadora do McDonald’s no Brasil. Segundo o órgão, a notificação foi motivada pelas reclamações dos consumidores, publicadas nas redes sociais, a respeito da dificuldade em encontrar o sanduíche nas lojas ou de retirar o item, no caso de quem já havia comprado a oferta na pré-venda. Durante a primeira edição, foram 85 mil sanduíches vendidos, o que superou em três vezes as expectativas durante a venda antecipada.
Segundo Sérgio Eleutério, diretor de marketing do McDonald’s, a demanda foi muito maior e, em São Paulo, algumas lojas tiveram produtos em falta. “Isso demonstra a capacidade de mobilização de um sentimento que é maior que o próprio sanduíche, uma conversa que todo mundo queria fazer parte. Na nossa estratégia em trazer esse amor pelo produto, consideramos como bem-sucedida para marca essa visibilidade. Mas, também, a construção de empatia do McDonald’s ao retornar com um produto que os fãs amavam”, comenta.
Quatro meses depois do primeiro carregamento de peixes desembarcar no Brasil, o McDonald’s abrirá a venda para o público na próxima terça-feira, 11. “Dessa vez trouxemos mais peixes e aprendemos muito com a distribuição geográfica dos grupos mais interessados. As flagships em São Paulo, como o Méqui 1000 e da avenida Juscelino Kubitschek, tiveram a demanda muito acima da própria cidade de São Paulo”, diz. Na primeira temporada, houve duas semanas de venda antecipada e mais outra para retirada desses itens – e, em algumas da lojas citadas, os estoques começaram a rarear. Porém, nacionalmente, as vendas de McFish duraram, aproximadamente, dois meses.
Contudo, diferentemente da primeira experiência, não haverá venda antecipada. Para o executivo de McDonald’s, pratos e produtos com carga emocional, tal qual o McFish ou CBO, retornarão periodicamente ao cardápio em forma de temporadas. “Quando trazemos em temporadas, o McFish gera essa conversação e, depois, tende a se estabilizar. Quando isso acontece, tiramos do cardápio e voltamos mais para frente”, explica, sobre essa estratégia semelhante ao modelo de negócio de séries de entretenimento.
Segundo o executivo, qualquer empresa ou agência que não tenha uma equipe de marketing acompanhando as conversas reais nas redes sociais da base de fãs tem um problema na mão. “Precisamos estar atentos quando essa conversas começam a gerar mais corpo. Quando aquele argumento deixa de ser de um indivíduo e tomam força como uma opinião de um grupo crescente”, diz.
Para Eleutério, fazer as filmagens no Alasca é o modo de mostrar aos consumidores os desafios reais de importar a polaca, o peixe usado no sanduíche. “Temos cuidado em trazer um peixe padronizado, pescado de forma sustentável no mar de Bering. Então, mandar parte do time com a agência para gravar no frio do Alasca exige uma certa loucura”, comenta. Na terça-feira, 4, a marca reservou uma das salas do Cine Marquise, na avenida Paulista, em São Paulo, para estrear exclusivamente para fãs e influenciadores a campanha de relançamento do sanduíche.
Produzido pela Galeria, “McFish – O Regresso” conta a trajetória do sanduíche até chegar no prato em quatro episódios com inspirações documentais. No elenco, o McDonald’s escalou três McLovers: Juliana Gallera, João Vancini e Adriana Marto. Durante dez dias, as equipes viajaram até o porto de Anchorage. Além disso, houve um mês de pós-produção. “Foi um esforço de uma websérie mesmo”, comenta Eleutério.
Para o chief creative officer (CCO) da Galeria, Rafael Urenha, essa foi uma oportunidade inédita de tratar um sanduíche como um produto de entretenimento e engajamento. “Ir para o Alasca não é simples, precisamos encontrar uma produtora que encarece o desafio, que no caso, foi a Creme. Além disso, mandamos um time da agência para lá e fizeram um material incrível”, diz.
Com foco nas redes sociais, parte da campanha será veiculada nos canais do portal de notícias geek e audiovisual Omelete. “Não posso especificar quando o McFish voltará, até pela dificuldade dessa logística, mas é confirmado que ele voltará”, comenta o diretor de marketing do McDonald’s. “Já temos as mensagens para a terceira temporada preparadas”, acrescenta.
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