Arcos Dourados faz nova oferta de acoes

Janaina Langsdorff
1 de novembro de 2011 - 8h30

A Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, acaba de receber US$ 428 milhões com a venda da sua participação na Arcos Dorados, operadora de lanchonetes da rede McDonald’s na América Latina e no Caribe. Além da Gávea, outros acionistas também finalizaram a sua presença nos negócios da empresa, como o Capital Equity International Private Equity Fund, que resgatou US$ 280 milhões, e o canadense DLJ South American Partners.

As transações são resultado de uma oferta secundária de US$ 1,1 bilhão, ao preço de US$ 22 por ação, totalizando 40.432.690 ações classe A. Os compradores terão direito de adquirir outros 4,04 milhões de ações. A Arcos Dorados lançou seus papéis na Bolsa de Nova York há seis meses, com uma oferta inicial de US$ 17,00 e soma, portanto, uma valorização de 29,5% no período. Entre os bancos que coordenam a operação, estão o JPMorgan, Morgan Stanley, Citi, Bank of America Merrill Lynch, Itaú BBA e Credit Suisse.

Segundo a avaliação do analista Robert Ford, do Bank of America Merrill Lynch, publicada na edição dessa terça-feira, 1, pelo jornal Valor Econômico, a recomendação para os papéis da empresa é de compra. A expectativa do banco é que o crescimento da Arcos Dourados registre uma variação entre 21% e 23% em receita, 14% e 16% no Ebitda e entre 16% e 18% no lucro líquido.

As vendas mesmas lojas da Arcos Dorados aumentaram 15,7% no trimestre passado, em comparação ao mesmo período do ano passado. Criada em 2007, a empresa possui cerca de 1,6 mil lanchonetes do McDonald’s na América Latina e é conduzida pelo argentino Woods Staton por meio da Los Laureles, dona da totalidade das ações classe B da Arcos Dorados.