Avon lança Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Magazine Luiza, Amil, Google, Cargil, Algar Tech, Sodexo, Dow, WalMart, IBM Brasil, Mary Kay e Uber são algumas das signatárias da carta

José Vicente Marino, presidente da Avon, assina o documento que formaliza a coalização, acompanhado de Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (Crédito: Divulgação)
Em evento realizado na capital paulista nesta quinta-feira, 29, a Avon reuniu 140 pessoas, mais de 100 delas CEOs de empresas – entre as quais Magazine Luiza, Amil, Google, Cargil, Algar Tech, Sodexo, Dow, WalMart, IBM Brasil, Mary Kay e Uber – para a assinatura da carta de formalização de uma Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
A iniciativa é organizada pela Avon, por meio do seu Instituto Avon, e tem chancela da ONU Mulheres e apoio técnico da Fundação Dom Cabral. Seu objetivo é engajar empresas do setor privado na causa de combate à violência contra meninas e mulheres. Estas representam 60% da força de trabalho nacional, mas ao mesmo tempo, muitas vezes têm seu desempenho profissional, produtividade e poder de decisão afetados pelo nível de stress por situações de violência física e psicológica enfrentadas em casa – o Instituto tem dados de que uma em cada cinco faltas de mulheres ao trabalho globalmente está relacionada a agressões no ambiente doméstico.
Entre as ações da Coalização estão: “adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, engajamento pessoal da liderança empresarial para a realização de ações, atividades de formação e capacitação para o enfrentamento de diversas formas de violência contra as mulheres, desenvolvimento e implementação de políticas e procedimentos internos contra assédio sexual nas empresas, ambiente de trabalho seguro para funcionárias e colaboradoras vítimas de violência, promoção de campanhas de comunicação e conscientização para o enfrentamento da violência contra as mulheres e compartilhamento de resultados”.

Ana Carolina Querino, representante interina da ONU Mulheres Brasil, participa da cerimônia; na foto, com o presidente da Avon no País (Crédito: Divulgação)
O Instituto Avon será responsável por coordenar um plano de ações, dividido em três etapas – treinamentos e capacitação; políticas internas e procedimentos de acolhimento e apoio às vítimas; e comunicação (elaboração de materiais para campanhas de conscientização, mobilização e engajamento do público interno das empresas) – e a Avon será mantenedora do grupo de empresas nos dois primeiros anos, tendo a missão de financiar atividades e gestão administrativa da coalização, por exemplo, ao organizar reuniões, agendas e articulação entre os parceiros.
Além do problema em si que a violência contra as mulheres representa socialmente e mesmo em termos de negócios para as empresas, já que as impede de desenvolverem plenamente seu potencial, a iniciativa é ancorada em dados recentes do estudo Trust Barometer, da Edelman, segundo o qual tem havido aumento da desconfiança das pessoas em relação à capacidade de ação do poder público e, por outro lado, transferência dessa confiança às empresas: 73% acreditam que as empresas são importantes para liderarem mudanças na sociedade. Logo, seu engajamento em questões como a encampada pela Avon tem se tornado mais urgente.