Clássico da Champions é gol de placa do Catar
Clubes que disputam uma vaga na semifinal da Champions League têm financiamento de instituições ligadas ao governo do Catar
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Nathalie Ursini
10 de abril de 2013 - 9h34
De um lado, o favorito e tradicionalíssimo Barcelona; de outro, o Paris Saint-Germain (PSG), que aos 42 anos coleciona apenas duas taças do Campeonato Francês. A partida válida pelas quartas de final da Champions League que acontece nesta quarta-feira 10, no Estádio Camp Nou, traz dois times da Europa bem distintos quanto à história – mas nem tanto quando o assunto é patrocínio.
O PSG passou a ser chamado de “o novo rico” após realizar importantes transações no mercado da bola. Em menos três anos, o clube desembolsou mais de R$ 500 milhões em contratações de jogadores. O PSG é controlado pelo Qatar Sports Investments (QSI), do Catar. Em dezembro de 2012, o clube firmou uma parceria com a empresa Qatar Tourism Authority (QTA), que tem ligações com o QSI e o governo do País árabe.
Os valores envolvidos conferem ao negócio o título de mais rentável patrocínio de todos os tempos no mundo do futebol. O clube francês receberá a quantia de R$ 410 milhões por temporada, até 2016. No último ano de contrato, esse valor salta para R$ 547 milhões. O Órgão de Controle Financeiro dos Clubes (CFCB), ligado à Uefa (organização máxima do futebol na Europa), mas que atua de forma independente, ainda investiga as condições em que o acordo foi firmado. A entidade pode suspender clubes de competições internacionais caso haja irregularidades em suas contas.
E o QSI chegou também à Espanha, mais precisamente ao Barcelona. A negociação feita com o clube, em 2010, rompeu a tradição da camisa sem patrocínio que os culés (como o time é chamado por seus fãs) ostentavam. Após mais de 100 anos, o Barça abriu o espaço para publicidade. A negociação colocou a Qatar Foundation, fundação criada pelo governo do Catar que investe em educação, pesquisa científica e desenvolvimento social, no lugar da Unicef no uniforme blaugrano – era o time catalão que pagava mais de R$ 4 milhões por temporada ao braço social da ONU, em uma ação beneficente.
O Barcelona receberá, até 2016, R$ 67 milhões pelo contrato, considerado o maior da história em questão de patrocínio a uniforme de jogo (no caso do Paris Saint-German, a QSI não aparece na camisa do clube, que ostenta o logo da Emirates Airlines). Na última sexta-feira 5, o Barcelona anunciou que estampará uma nova marca na próxima temporada. Trata-se da Qatar Airways, companhia aérea do Catar que também faz parte do QSI.
Independente de qual time saia de campo classificado para as semifinais da Champions League, fora das quatro linhas há uma certeza: a estratégia do Catar (sede da Copa do Mundo de 2022) para popularizar sua marca no primeiro escalão do futebol mundial tem dado bons resultados.
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