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Como a França e a Nike conquistaram a Copa da Rússia

Além da seleção campeã, três dos quatro times semifinalistas usaram uniformes da marca americana, que ganhou destaque ante à Adidas, patrocinadora oficial do evento


16 de julho de 2018 - 11h13

A vitória da França sobre a Croácia por 4×2 ontem em Moscou não foi só o bicampeonato da Copa do Mundo para os Bleus, mas também uma grande conquista para a Nike. A marca americana era a patrocinadora e fornecedora de material esportivo oficial dos dois finalistas, aparecendo amplamente nos uniformes de todos os jogadores, apesar de todo investimento de energia e de dinheiro da Adidas, uma das marcas oficiais da Copa do Mundo — fabricante da bola oficial e anunciante nas placas laterais do estádio.

 

Kylian Mbappé, atacante da seleção francesa (Crédito: Reprodução)

Segundo reportagem da CNBC, a Nike goleou no decorrer de toda a competição. Até a disputa por terceiro lugar (Bélgica ganhou da Inglaterra por 2×0), atletas vestindo a marca americana marcaram 94 tentos, dos 150 totais. Computado o placar da final, 100 gols de 156, ficando a diferença dividida entre a marca alemã e outros concorrentes como Puma e New Balance.

“Ambas costumam manter segredo sobre o investimento em publicidade para a Copa do Mundo, mas analistas estimam que a Adidas colocou cerca de US$ 100 milhões em patrocínio em 2014, quando a Alemanha ganhou da Argentina por 1X0 na prorrogação. Nike também relatou um aumento de 36% em investimentos em marketing naquele ano, boa parte por causa do Mundial”, diz a reportagem da CNBC.

Num gráfico, o testo aponta ainda que o único parâmetro que a marca alemã teve expressão foi em itens listados relacionados à Copa: 250 contra menos de 200 da Nike. Quando analisados, porém, a média de vendas desse merchandising semanalmente, a Nike teve desempenho 4,6 vezes melhor.

Nasce uma estrela
Para marcar a ocasião, a Nike publicou em suas redes e página oficial uma foto do atacante de 19 anos Kylian Mbappé apontando para uma nova estrela sobre o brasão francês, na camiseta da Nike. A legenda, “Nasce uma estrela”, com um duplo sentido ao mencionar o adolescente, também patrocinado Nike, que se tornou o segundo jogador mais jovem a marcar um gol durante uma final de Copa, somente atrás de Pelé. O próprio atleta, por meio de suas plataformas digitais, fez menções ao feito mais de uma vez, escrevendo em uma delas que “Se o @KMbappe continuar a igualar os meus records assim, eu vou ter que tirar a poeira das minhas chuteiras novamente…”. Na página oficial, a Nike também destacou que três dos quatro semifinalistas usaram seus uniformes —Inglaterra também, só a Bélgica é Adidas.

https://twitter.com/Pele/status/1018569500688617473

Enquanto isso, em Paris, multidões celebraram num clima de continuação Dia da Bastilha, feriado nacional francês comemorado em 14 de Julho, que além da festa contou com depredação e gente presa. Na festa pelo título mundial, também houve saque a lojas e confronto com a polícia, parte deles às portas da Publicis Drugstore, loja-conceito que fica na sede da Grupo Publicis na Champs-Elysées e que, apesar do nome, vende muito mais que produtos de farmácia.

Nos Estados Unidos, onde havia certa hesitação sobre audiência de Copa do Mundo devido à ausência do time americano na competição, os índices foram melhores do que o esperado. Se normalmente a média previa 40 milhões de telespectadores a mais, as partidas finais do Mundial da Rússia impulsionou a audiência como um todo. Em médias, 5 milhões de pessoas assistiram partidas como França versus Bélgica e Croácia versus Inglaterra, com uma queda de apenas 6% comparado com os 5,3 milhões de telespectadores das semifinais de 2014, segundo a Nielsen. Os números do Brasil ainda não estão consolidados, mas a final foi trending topics do Twitter no País e globalmente.

*Com Advertising Age

 

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