Marketing

Futuro da música: interatividade e patrocínio

Uma marca pagando diretamente a um artista ou banda para que ele possa criar canções? Perry Farrel, fundador do Lollapalooza, acredita nisso. E também na necessidade de os festivais serem mais interativos

i 30 de outubro de 2013 - 4h20

wraps
Perry Farrell, vocalista da banda Jane’s Addiction (nascida em meados da década de 1980) e criador do Lollapalooza, festival que surgiu em 1991 nos EUA, faz previsões a respeito do mundo da música com base em sua extensa bagagem nesse mercado. Para quem dispensava a participação de marcas nos primeiros anos de seu evento, ele hoje aposta suas fichas no patrocínio direto para que os artistas possam continuar produzindo e sobrevivendo, já que, em sua opinião, nos dias atuais só é possível faturar com apresentações ao vivo, e não com a venda de álbuns, tanto os físicos quanto os digitais. 

Patrocínio é um dos temas de entrevista que Farrell concedeu a Meio & Mensagem, que está publicada na edição 1583. Segundo o cantor, dentro de cinco anos, poderemos ver marcas como Red Bull assinando contratos de patrocínio com músicos. Esse acordo permitiria que os artistas ganhassem mais dinheiro com o que suas composições, algo que, na visão de Farrell, passa longe da propaganda. Seria como se as marcas se transformassem em mecenas dos músicos. “Hoje, a empresa paga à rádio e a execução da música garante centavos ao artista. No futuro, ele ganhará um bom dinheiro da Coca-Cola”, exemplificou.

Farrell também defende mais interatividade nos festivais – o Lollapalooza Brasil 2014 busca parceria com uma operadora para que a conexão facilite a publicação de mensagens, fotos e vídeos. O festival, que acontece em abril com promoção da Time For Fun (as duas edições anteriores foram organizadas pela Geo Eventos), terá seu line-up divulgado no dia 11 de novembro. O cantor não antecipou as atrações, mas disse que dará atenção a bandas de rock alternativo. Farrell não esclareceu quando, mas ainda espera lucrar com a edição brasileira do Lolla, o que até 2013 não aconteceu.

Leia mais a respeito do novo Lolla Brasil e do futuro da música na íntegra dessa entrevista na edição 1583, de 28 de outubro, exclusivamente para assinantes de Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa ou para tablets Apple e Android. Abaixo, confira trechos inéditos dessa conversa.