Kodak pode pedir concordata em fevereiro
Símbolo de fotografia, a Kodak acabou sendo esmagada pela tecnologia que ela mesma criou em 1975, a câmera digital
Símbolo de fotografia, a Kodak acabou sendo esmagada pela tecnologia que ela mesma criou em 1975, a câmera digital
Janaina Langsdorff
6 de janeiro de 2012 - 2h00
A empresa que popularizou a fotografia no século XX, a Eastman Kodak, pode pedir concordata em fevereiro. A informação é do “Wall Street Journal” e já teve reflexos também na Bolsa de Nova York, que deve excluir as ações da empresa caso as cotações não apresentem valorização nos próximos seis meses. Os papeis da companhia caíram de US$ 90 em 1997 para US$ 1 atualmente, uma desvalorização da ordem de 80%.
Sob a chancela da lei de falências americana, a Kodak espera vender as 1,1 mil patentes da tecnologia empregada na câmera digital, criada pela empresa em 1975. Algumas linhas de financiamento também estão sendo negociadas com os bancos JP Morgan Chase, Citigroup e Well Fargo. A expectativa é levantar um montante que pode chegar a US$ 1 bilhão para reordenar as contas e manter o funcionamento da companhia durante a concordata.
Fundada em 1884 por George Eastman, a Kodak registrou um prejuízo de US$ 179 milhões no terceiro trimestre de 2011, uma perda ainda maior do que a obtida um ano antes, de US$ 167 milhões. A receita também não acompanhou a previsão inicial de US$ 1,53 bilhão, fechando o ano em US$ 1,49 bilhão.
Essa não é a primeira vez que o rumor sobre uma possível concordata da Kodak vêm à tona. Em outubro do ano passado, a empresa chegou a divulgar um comunicado negando que estaria prestes à falir, mas acabou confirmando a contratação de um escritório de advocacia especializado em falências e reestruturações corporativas. A avaliação dos especialistas é que a Kodak não soube explorar as potencialidades geradas pelo negócio digital, frente aos decadentes filmes fotográficos tradicionais.
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros