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Lemann aquece negocio da Diletto

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Lemann aquece negocio da Diletto

Fundo Innova, de Jorge Paulo Lemann, acaba de adquirir 20% de participação no capital da sorveteria Diletto, fundada em 2009 por Leandro Scabin


19 de abril de 2013 - 8h55

Depois das cervejas da AB Inbev e dos hambúrgueres do Burger King, o investidor Jorge Paulo Lemann insere agora uma sobremesa em seu cardápio de negócios, que inclui ainda a compra da companhia de alimentos Heinz por US$ 23 bilhões, acordo anunciado recentemente em parceria com o megainvestidor americano Warren Buffett. A mais nova investida do homem mais rico do Brasil, com fortuna avaliada em US$ 17,8 bilhões pela Forbes, é a sorveteria Diletto (delícia, em italiano). Por meio do Fundo Innova Capital – sociedade de Lemann e Marcel Telles com Verônica Serra, filha do ex-governador José Serra – a marca do urso polar acaba de receber um aporte estimado em R$ 100 milhões, atribuindo ao trio de investidores uma participação de 20% no capital da empresa. O acordo foi confirmado pela assessoria de imprensa da Diletto na tarde desta segunda-feira 18.

Internacionalização e crescimento da rede, hoje com três mil pontos de venda e faturamento de R$ 30 milhões, estão entre os principais planos. O fortalecimento da rede deve acontecer ainda por meio da inauguração de uma loja-conceito no Rio de Janeiro, a exemplo da unidade já aberta no bairro dos Jardins, em São Paulo, em dezembro de 2012. O movimento é repetido também por concorrentes, como o Magnum, sorvete premium da Kibon, marca hoje pertencente à Unilever.

Neto do criador da Diletto, o italiano Vittorio Scabin, que criou a marca em 1922 na pequena cidade de Sappada, região do Vêneto na Itália, o empresário Leandro Scabin permanece na presidência da companhia, fundada em 2009 em sociedade com Fábio Meneghini (diretor de criação da agência WMcCann) e Fábio Pinheiro (ex-Pactual).

A Diletto ganhou fama por seus picolés cremosos e de textura aveludada feitos de forma artesanal e com ingredientes selecionados, vindos da Patagônia, Venezuela e da própria Itália. Os sabores exóticos são uma das características mais marcantes do produto, como o de pistache, cultivado no sopé do vulcão Etna. Recuperadas, as antigas receitas da família foram aprimoradas em laboratório e hoje traduzem o slogan da marca, “la felicità è um gelato” (a felicidade é um sorvete). A produção começou de maneira terceirizada, mas em 2011 a primeira fábrica entrou em operação, na cidade de Cotia (São Paulo). Com capacidade para 300 toneladas ao mês, a planta introduziu ainda a marca no segmento de take home, o formato preferido de consumo do brasileiro, com potes de 500 ml.

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