Museu da Língua Portuguesa expande acervo ao marketing
Enquanto realiza reforma de reconstrução após incêndio, instituição leva obras e ações para festas literárias e exposições no exterior

Créditos: AlfRibeiro/Folhapress
Mais do que prestar contas sobre a obra de reconstrução da instituição, o Museu da Língua Portuguesa, que está fechado desde quando foi danificado por um incêndio, em 2015, mantém uma comunicação com a sociedade que pretende ser uma extensão de seu acervo. Além das ações de marketing, que levam o mote “O museu está sendo reconstruído, mas nossa língua que está sempre em construção”, o MLP esteve presente em festivais literários como a FLIP, em Paraty, e a FLUP, no Vidigal.
Outra novidade da organização, em parceria com Itamaraty, Instituto Internacional da Língua Portuguesa e Instituto Camões, será a exposição itinerante para três países: Angola, Moçambique e Cabo Verde.
A concepção e a realização de todas as atividades são de responsabilidade da Fundação Roberto Marinho e do Governo do Estado. Já no patrocínio, EDP, Grupo Globo, Sabesp e Itaú apoiam as ações do Museu.
“Uma das coisas que aprendemos com o incêndio foi o potencial de mobilização internacional deste museu. Especialmente na comunidade dos países de língua portuguesa. Agora, neste processo de reconstrução, fincamos o pé de que queremos muito ser uma embaixada da língua”, afirma Flávia Constant, gerente de desenvolvimento institucional e comunicação da Fundação Roberto Marinho.

Roda de conversa do Museu da Língua Brasileira durante a Flip (Créditos: Antonia Leite/Divulgação)
Durante a Flip, a organização apresentou a Praça da Língua, uma espécie de “planetário do idioma”, que reúne poesia, prosa e música. Já no Vidigal, que sedia a Festa Literária das Periferias, o museu exaltou a língua falada apoiando o Rio Poetry Slam, em que participaram poetas do Brasil, Angola e Portugal.
“Toda vez que você sai do espaço físico do prédio, expõe que museu é lugar para ser frequentado. Isso também é fundamental para que as pessoas lembrem de nós”, afirma Flávia Constant, gerente de desenvolvimento institucional e comunicação da Fundação Roberto Marinho.

Créditos: Sofia Colucci/Divulgação
Fora das festas literárias, o museu realizou ações na Bienal do Rio, focadas nos professores e alunos; na Estação da Luz, durante o dia da língua portuguesa (5 de maio); e, a cada 15 dias, realiza o Canteiro de Artes, em que os operários da obra de reconstrução do museu utilizam materiais descartados para criar suas próprias obras.