O papel da realidade aumentada na transformação digital
Antes restrita ao entretenimento, a tecnologia conhecida como AR se tornou chave em indústrias como e-commerce, varejo e alimentos
O papel da realidade aumentada na transformação digital
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BuscarAntes restrita ao entretenimento, a tecnologia conhecida como AR se tornou chave em indústrias como e-commerce, varejo e alimentos
Luiz Gustavo Pacete
3 de janeiro de 2020 - 6h00
Por muitos anos, a realidade aumentada, na sigla em inglês AR, ficou restrita ao entretenimento. A própria evolução da tecnologia em outras funções que não apenas jogos, por exemplo, foi feita de forma tímida. No entanto, com a implantação de áreas de inovação e processos de transformação digital nas empresas, a tecnologia passa a comport uma lista importante de tecnologias que vão além do entretenimento. Léo Ferro, sócio da More Than Real, empresa especializada em tecnologia de imersão esteve recentemente na Nestlé apresentando um projeto para a área de transformação digital onde a realidade aumentada tinha protagonismo.
“A tecnologia de AR ficou muito associada ao mercado de entretenimento e isso, de certa forma, dificulta na compreensão de que ela é útil no processo de transformação digital das empress. Hoje, você pode utilizar o conceito de realidade aumentada para treinamentos, na divulgação rápída de informações sobre produtos, novos tipos de interações com embalagens e diversas outras aplicaçãoes”, explica Ferro. O estudo ‘Humanidade Aumentada: o Relatório de Tendências para 2020 da Isobar’, divulgado em novembro, mostra, por exemplo, que esse conceito é chave para a transformação digital de muitas empresas.
O conceito ‘Humanidade Aumentada’ foi cunhado pela Isobar em 2017 e define como a humanidade pode trabalhar em harmonia com a tecnologia para expandir e enriquecer a vida das pessoas. O estudo identificou cinco tendências principais e explica como a criatividade e as ‘experiências criativas’ serão fundamentais para as empresas e as marcas em 2020 e nos anos seguintes. A Experiência Aumentada aparece, inclusive, como um bloco importante de tendências. Segundo o estudo, com destaque para a utilização massiva de tecnologia para storytelling, interação por gestos, imersão dentro de casa e a evolução dos smart speakers de um simples assistente para um meio de novos tipos de story telling e interação.
A realidade aumentada do coelhinho da Páscoa
Dave Meeker, CIO Global da Isobar, destaca que de todas as tecnologias que acreditamos oferecer mais oportunidades de crescimento, a Realidade Aumentada está no topo da lista. “O AR realmente é mais do que olhar para o conteúdo 3D segurando seu smartphone. Se pensarmos no conceito principal, estamos usando conteúdo digital personalizado e orientado a dados para aprimorar a “realidade” de alguém. Embora geralmente pensemos na AR como um meio visual em que o conteúdo 3D é composto em meio ao nosso mundo físico real, eu argumentaria que a voz e o áudio também desempenham um papel importante aqui. O que pensamos da Realidade Aumentada hoje continuará amadurecendo. O futuro nos verá interagindo com informações digitais de maneiras muito humanas, libertando-nos da necessidade de olhar as telas”, explica.
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