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O primeiro dia da primeira vez

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O primeiro dia da primeira vez

No SXSW Interactive, dois destaques: o trabalho da Archicture for Humanity e a importância do compartilhamento de dados, na análise do cofundador da Identified. Tudo na ótica de Aline Rossin, da LiveAD, que estreia no South by Southwest


11 de abril de 2013 - 8h50

Por Aline Rossin (*)

Estava difícil controlar a ansiedade para chegar a Austin. Depois de acompanhar o evento à distância por meio de amigos e redes sociais, chegou a vez de conhecer de perto esse mundo chamado SXSW (para saber mais sobre o evento, leia "Bem-vindos ao SXSW 2013"; o festival une música, cinema e interatividade e este ano acontece até o dia 17).

A cidade, com ruas e avenidas largas e tranquilas, se volta toda para a região central onde os painéis, palestras, debates, shows e performances acontecem. A quantidade de opções é algo que empolga e assusta ao mesmo tempo. Fico feliz por ter seguido a orientação de amigos e ter feito uma programação prévia no aplicativo do evento.

No primeiro dia do SXSW Interactive, dois momentos merecem ser destacados. A palestra de Cameron Sinclair, fundador da Archicture for Humanity, organização sem fins lucrativos que reúne arquitetos ao redor do mundo para reconstruir lugares afetados por desastres naturais.

Sinclair falou sobre como a conexão entre pessoas tem um poder avassalador em momentos de reconstrução e citou casos incríveis pós-Katrina, Sandy e outras manifestações naturais, que mostram como a união da comunidade pode transformar e fazer tudo voltar a ser o que era antes. Na verdade, na maioria das vezes, voltar a ser melhor do que já foi um dia.

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Cameron salientou a importância de confiar aos membros da comunidade a liderança dos projetos e fazer com que as pessoas se envolvam em reconstruções onde um interesse pessoal está presente. Um exemplo é a movimentação feita pelos pais de escolas haitianas que foram destruídas após um terremoto. Eles mesmo ajudaram a construir as paredes, pisos e teto das escolas de seus filhos juntamente com os arquitetos. “Certamente os pais vão querer a escola mais segura para os seus filhos. Farão tudo com o maior cuidado e carinho possível”, afirmou Sinclair.

Outro destaque foi para um painel sobre banco de dados e gamification. Pela primeira vez os dois assuntos foram tratados em conjunto e o objetivo da discussão era mostrar o quanto estratégias que usam ferramentas de jogos podem se tornar cada vez mais poderosas se os dados informados pelos seus jogadores forem interpretados de maneira inteligente e profunda.

Para Brendan Wallace, cofundador da empresa Identified e um dos participantes do painel, o consumidor nunca forneceu tantos dados da vida pessoal e profissional de maneira voluntária como faz hoje, e cabe às empresas saber interpretá-los e usá-los para que seja criada uma relação de longa data com os clientes.

Wallace destacou como o Facebook faz uso de ferramentas de jogo e citou o like como o maior prêmio desejado atualmente nas redes sociais. Continua dizendo que, se há dez anos alguém perguntasse se espontaneamente qualquer um de nós dividiria dados tão pessoais como fotos da família, restaurante onde está almoçando, local onde passamos as nossas últimas férias e inúmeros outros dados que compartilhamos diariamente em nossas redes, certamente a grande maioria responderia que não.

Dez anos depois, o Facebook registra um upload e compartilhamento de bilhões de dados como esses diariamente em países de todos os continentes. Wallace terminou o painel dizendo que a força de uma boa interpretação das informações fornecidas pelos consumidores vai mudar a forma como se faz marketing de maneira radical nos próximos anos.

*Aline Rossin é diretora de atendimento da LiveAD e está na equipe da agência que acompanha o SXSW em Austin. Ela escreve como colaboração para Meio & Mensagem.

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