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Oi propõe novo plano de recuperação judicial

Proposta oferece, entre outras coisas, venda de ativos como a unidade ClientCo, que tem 4 milhões de clientes de fibra e da participação na V.tal, empresa de rede neutra

i 6 de fevereiro de 2024 - 15h15

A Oi protocolou nesta terça-feira, 6, na 7ª Vara Empresarial do Rio, a nova proposta do plano de recuperação judicial.

O plano, de fato, teve aprovação do conselho de administração, após ampla negociação com credores.

A nova versão deverá passar por votação em assembleia geral de credores, prevista para acontecer no início de março.

Posteriormente, vai para a homologação pelo juízo da recuperação judicial.

A Oi tem dívida de R$ 45 bilhões.

Em janeiro de 2022, foi efetivada a venda da rede de telefonia móvel da Oi para o consórcio formado pelas concorrentes Claro, TIM e Vivo. O negócio, fechado em leilão realizado em dezembro de 2020, foi avaliado em R$ 16,5 bilhões.

Oi e o novo plano de recuperação judicial

Dessa forma, com o novo plano, a Oi pretende alcançar a reestruturação das dívidas financeiras para se adequar à capacidade de pagamento.

Isso deve acontecer sem comprometer sua operação e a expansão de seus negócios no segmento de fibra óptica, principal produto da companhia.

Entre as propostas, está prevista a captação, via empréstimo prioritário, de até US$ 650 milhões.

Ainda, a companhia espera poder captar outros recursos, seja por aumento eventual de capital ou pela contratação de novas linhas de crédito para o refinanciamento das dívidas.

Para essas operações, a Oi teria como garantia a venda de ativos como a unidade produtiva isolada (UPI) ClientCo, empresa de fibra óptica que tem 4 milhões de clientes.

Também na proposta está a eventual venda da participação da V.tal, empresa de rede neutra.

O plano prevê, além disso, a reestruturação dos créditos de fornecedores take or pay (que são contratos com garantia de consumo mínimo), em consonância com as negociações em andamento com empresas de torres e satélites.

Rede de fibra

Por outro lado, no ano passado, a Oi chegou, até o final do terceiro trimestre, a 4 milhões de casas conectadas por fibra óptica, com crescimento anual de receita de 6% para esse serviço.

Portanto, a fibra é o principal produto da companhia, com cerca de 60% da receita da nova Oi (sem abranger o legado).

Assim, na estratégia de aumentar a participação da Oi Fibra no mercado, a Oi renovou o portfólio, criou alternativas com preços mais atraentes e lançou novos produtos.

A estratégia comercial da companhia considera a política de aquisições muito mais rígida para evitar aumento da taxa de inadimplência e garantir receita sustentável.